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Debate sobre séries que mudaram o jogo é destaque do Festival Vida&Arte

17:56 | Jun. 24, 2018
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O painel "Séries que mudaram o jogo" abriu a programação da tarde deste domingo, 24, no Festival Vida&Arte. Mediado por Alice Falcão, do Bacontástico, o espaço formado só por mulheres contou com Aline Diniz (Omelete), a youtuber Mikann e Marina Sofia, também do Bacontástico.
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Antes do bate-papo, Aline Diniz apresentou panorama sobre as produções televisivas antes do ponto de virada, com a chegada da HBO ao mundo das séries. O painel ocorreu na Estação Demócrito Dummar, às 12 horas. "A TV como formato, produção de conteúdo, não é a mesma coisa desde os anos 50. Ela avançou e mudou, mas, ao mesmo tempo, muitos formatos continuam", aponta, exemplificando com séries gravadas ao vivo com plateia e as procedurais - o famoso caso da semana. "A TV como a gente conhece não vai morrer, mas vai se adaptar. Vai mudando até chegar em um ponto que funciona pra todos os meios".

Alice Falcão destaca a importância de séries que trazem discussões políticas e sociais, a exemplo de House of Cards, The Handmaid's Tale e Luke Cage. Para Mikannn, a TV está caminhando para assuntos muito específicos, como a discussão da negritude em Atlanta.

"Assim as séries conseguem atingir um público maior porque nem todo mundo procura por um tema específico. Quem procura, acaba se aproximando", diz. "Existe mais mercado hoje para a representatividade. Existem pessoas que aceitam uma Doctor mulher (na longeva série Doctor Who), mas também tem gente que vai reclamar. O importante é existir quem banque a ideia".

Marina Sofia relembra o caso da série animada Thundercasts, resgatada este ano pelo Cartoon Network. "Quem é da época mesmo da primeira versão. A criançada não viu Thundercats, então, para eles, faz sentido", diz. "É preciso pensar em quem é o público que eles querem atingir", evidencia Mikannn. "Eles fazem um produto para um público específico. Tem muito a ver com o momento do mercado. Talvez se Perdidos no Espaço voltasse hoje da forma como era nos anos 60, não faria tanto sentido". 
 

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