Nação Zumbi encerra Carnaval no Aterro
Programação da noite teve apresentações da banda Café Preto, Renno e projeto Troça Elétrica, com Nação Zumbi, Academia da Berlinda e Orquestra de Frevo Henrique Dias
Atualizada às 23h50min
A banda Nação Zumbi subiu ao palco montado no Aterro da Praia de Iracema às 22h45min desta terça-feira, 5, para encerrar a folia na Capital cearense. Milhares de foliões que aguardavam a chegada da banda se despediram da festa cantando sucessos do grupo.
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Antes da banda pernambucana contagiar a multidão, os foliões também foram puxados pela cantora Giselle Café, da banda Café Preto, que abriu a programação no local sob o ritmo de axé, forró e carimbó.
O cantor Renno subiu ao palco logo em seguida, com repertório à base de forró e sertanejo.
As amigas Layana Câmara, 25, e Geórgia Pinheiro, 19, dizem “amar” o Carnaval. Layana traz o amor do Maranhão, sua terra natal, onde a folia começa cedo nos tradicionais folguedos do boi maranhense. Já Geórgia, que nasceu em Quixadá, elogia o Carnaval da Capital cearense, principalmente, pela diversidade de pólos carnavalescos e pelas atrações locais.
Este ano, a dupla percorreu o máximo de festas da programação oficial, destacando os pólos do Benfica, Mocinha, Mercado dos Pinhões e Aterro da Praia de Iracema.
O casal colombiano Yuli Gomes, 32, e Juan Davi, 27, passeia pela primeira vez pelo Carnaval de Fortaleza. De férias na Capital há duas semanas, eles e o filho, Matias, 2, se encantavam com as atrações no Aterro da Praia de Iracema. "Espetacular, muito bonito!", repetiu Yuli sobre a festa, enquanto corria atrás de Matias pelas areias da praia. "Não queremos ir embora!", completou.
Aproximando-se do final da programação, a Orquestra de Frevo Henrique Dias fez a conexão Recife-Fortaleza. O conjunto íntegra o projeto Troça Elétrica, com as bandas Nação Zumbi e Academia da Berlinda, sendo um dos mais antigos de Recife, com formação musical desde 1954. Além do frevo genuíno, outra grande atração – literalmente – da apresentação é um exemplar de um dos famosos bonecos foliões de Olinda.
O espírito da Troça é mesmo do Carnaval de rua, anárquico e espontâneo, gerado nos bairros e nas pequenas agremiações que extraem riqueza cultural da simplicidade.