Justiça proíbe Paulo Miklos de se aproximar da ex-mulher; entenda

Justiça proíbe Paulo Miklos de se aproximar da ex-mulher; entenda

O cantor Paulo Miklos, ex-vocalista dos Titãs, passa a ser obrigado a cumprir medida protetiva e distância mínima da ex-esposa após denúncias de violência
Autor Gabriele Soares / Especial para O POVO
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Após denúncias de violência, invasão de domicílio e ameaça contra a diretora audiovisual Renata Galvão, 46 anos, o ex-vocalista da banda Titãs Paulo Miklos, 66 anos, está obrigado a cumprir distância mínima de 300 metros da ex-companheira.

A informação foi dada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, nesta quinta-feira, 18.

Casados por quase 10 anos, Renata relata que os problemas aumentaram durante os meses do processo de separação.

Para comprovar a denúncia, Renata e os seus advogados utilizaram imagens recentes do interior da sua residência. Nelas, um funcionário de Miklos teria entrado, sem permissão dela, para fotografá-la.

Além disso, Renata declara ter sido submetida a um aborto forçado por Miklos, em 2015. Ela também relata episódios de ameaças e agressões verbais e psicológicas durante o relacionamento.

O que diz a defesa de Paulo Miklos

Paulo Miklos nega as acusações. De acordo com seu advogado no caso, os fatos foram "ilegalmente vazados com a única intenção de atingir a reputação do artista".

Em nota enviada à imprensa, o advogado Roberto Pagliuso afirma que o músico estaria sofrendo com acusações mentirosas. "Ficará clara a absoluta inconsistência das acusações que foram feitas por sua ex-mulher. Os fatos noticiados sugerem um enredo criminal que não existe, servindo de manobra estratégica na ação de divórcio proposta por Paulo", acrescenta a nota.

Como o caso corre em segredo de justiça, Pagliuso destaca que "não pode trazer a público maiores considerações sobre o caso".

As questões da violência contra a mulher no Brasil

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) durante a última década, a violência contra a mulher pode crescer 95% até 2033.

Segundo as autoras da pesquisa, a violência psicológica, como a relatada por Renata, podem ser a porta de entrada para agressões físicas. Além disso, cerca de 40% das agressões acontecem de maneira repetida, ou seja, grande parte das mulheres são agredidas mais de uma vez.

Essas violências acontecem, principalmente, em casa, pelos companheiros, familiares e cuidadores. As agressões podem, então, ir evoluindo para física, sexual e patrimonial quando o agressor estabelece poder e controle sobre a vítima, além de notar certa impunidade pelas ações, tendo em vista do medo de denunciar.

O alerta da pesquisa surge após uma onda de manifestações por todo o País em dezembro de 2025, denunciando o aumento dos casos de feminicídio. De acordo com a pesquisa da UFC, entre 2013 e 2023, foram notificados 2.635.514 casos de violência contra a mulher. O crescimento médio anual é de 2,26%.

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