Giorgio Armani, ícone da moda, morre aos 91 anos

Referência da moda, o estilista italiano morreu 'pacificamente, cercado pelos seus entes queridos', de acordo com a marca do fashionista

11:01 | Set. 04, 2025

Por: Bianca Raynara
O grande nome da moda italiana Giorgio Armani morreu aos 91 anos "cercado por seus entes queridos", informou sua empresa em 4 de setembro de 2025. (Foto de Bertrand GUAY / AFP) (foto: Bertrand GUAY / AFP)

O estilista italiano Giorgio Armani morreu nesta quinta-feira, 4. A notícia foi confirmada pela assessoria de empresa do grande nome da moda.

"Com infinita tristeza, o Grupo Armani anuncia o falecimento de seu criador, fundador e incansável força motriz: Giorgio Armani", disse a grife em um comunicado.

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Renomado no mudo da moda, Armani, aos 91 anos, era sinônimo de estilo e elegância italianos modernos.

Talento que levou sua empresa à faturar cerca de 2,3 bilhões de euros (cerca de R$ 14,5 bilhões) por ano.

Giorgio Armani e o mundo da moda

Natural de Piacenza,  no norte da Itália, Armani trabalhou até os últimos dias de vida para a companhia que fundou em 1975, em Milão.

A fortuna de Armani teria um valor total estimado de mais de 10 bilhões de dólares, o consagrando na lista entre os 200 homens mais ricos do mundo, de acordo com a revista americana Forbes.

Com a sua marca nunca foi conhecido pelas cores extravagantes ou designs ousados. Recorrendo assim ao minimalismo e à elegância.

O estilista estava doente há algum tempo e foi forçado a abandonar os desfiles de seu grupo na Semana de Moda Masculina de Milão, em junho, primeira vez em sua carreira que perdeu o evento.

De acordo com a empresa, o corpo do estilista ficará conservado até domingo, em Milão, e em seguida será realizado um funeral privado em data ainda não especificada.

Revolucionário da moda


Armani foi dono de ideias inovadoras e foi um criador de tendências no cenário da moda internacional. Ele inventou a sua própria cor, o "greige", uma combinação de cinza e bege que se tornou sua marca registrada.

A revolução do icone da moda começou na década de 1970. Naquela época, ele fez com que os ternos da sua marca fosse usado tanto por homens como mulheres.

Para deixar a peça menos rígidas e conservadoras. Ele basicamente os desconstruiu removendo o forro, reorganizando os botões e suavizando os ombros.

Quando apresentou sua primeira coleção feminina em desfiles, em 1975, sua abordagem se alinhava bem aos ideais do movimento feminista da época.

Nessa coleção ele deixou mais femininas as peças de roupas masculinas com linhas suaves e expressivas.