Review: Confira três características sobre o jogo 'Visions of Mana'

Visions of Mana traz de volta o estilo RPG de ação que fez a série famosa há anos, mas não sem alguns tropeços pelo caminho

No mundo de "Visions of Mana", a magia é soberana e a cada quatro anos, indivíduos especiais chamados Alms são escolhidos para um sacrifício que fortalece os elementos naturais do mundo. Esses Alms são protegidos por um guardião, ou Soul Guard, um guerreiro designado para garantir sua segurança. Apesar de apresentar uma premissa com potencial para profundidade emocional, a trama do game acaba se perdendo em clichês familiares aos fãs de RPGs japoneses. Seus personagens são carismáticos, e isso adiciona um charme especial ao jogo, o que acaba tornando cada um deles memorável, apesar de uma narrativa que muitas vezes parece mais do mesmo, lembrando jogos como Xenoblade Chronicles 3 sem trazer muitas novidades.

Dinâmica de Combate e Jogabilidade

O sistema de combate de Visions of Mana se destaca por permitir aos jogadores mudar as classes dos personagens, o que adiciona uma camada estratégica às batalhas. O game possibilita alternar entre diferentes estilos de luta, o que mantém as lutas interessantes acrescenta um nível de desafio interessante à experiência. Contudo, a jogabilidade deixa um pouco a desejar por apresentar uma certa rigidez nos controles e comandos, especialmente quando comparado com títulos como Devil May Cry, que oferecem o mesmo combate em tempo real, só que de uma maneira bem mais fluida. A adaptação ao sistema de combate pode ser gradual, e jogadores mais persistentes eventualmente encontram prazer ao dominar as complexidades oferecidas pelo jogo.

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Beleza Audiovisual

Visualmente, Visions of Mana é uma montanha-russa de altos e baixos. A estética do jogo é vibrante e colorida, especialmente nas vastas paisagens abertas que impressionam e convidam à exploração. Esses visuais são um dos pontos fortes, trazendo nostalgia dos clássicos RPGs da Square Enix. No entanto, a qualidade das animações dos personagens e algumas texturas deixam a desejar. A falta de animação facial nas cenas cinematográficas e a sincronização labial imprecisa podem quebrar a imersão.

A trilha sonora do jogo brilha e capta perfeitamente a essência aventuresca e mística do mundo que Visions of Mana tenta expor. Os temas musicais variam entre alegres e sombrios, acompanhando a narrativa, do começo ao fim com muita qualidade. No entanto, a dublagem é inconsistente, com algumas performances que não se encaixam bem com seus personagens, variando entre o excelente e o medíocre. Isso pode ser uma distração para os jogadores que valorizam uma experiência auditiva mais coesa.

Quanto à rejogabilidade, o jogo oferece uma boa diversidade com várias classes e habilidades personalizáveis, o que incentiva os jogadores a testar diferentes combinações e estratégias nas lutas. No entanto, a história linear e as missões secundárias repetitivas podem reduzir o interesse em jogar novamente após terminar o jogo.

Potencial Desperdiçado

Visions of Mana se apresenta como um RPG de ação cativante, repleto de personagens com forte carisma e um sistema de combate rápido e estratégico. No entanto, mesmo com esses pontos positivos, algumas falhas críticas impedem que o jogo alcance seu potencial máximo. A história, embora inicialmente promissora com sua premissa de sacrifícios e proteção espiritual, acaba caindo em repetições e clichês que diminuem o impacto emocional que poderia ser explorado. Além disso, os problemas técnicos, como animações faciais rígidas e uma dublagem inconsistente, distraem e às vezes desconectam o jogador da rica tapeçaria do mundo do jogo.

Davi Rocha é integrante do canal de Youtube Bacontástico

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