Pintura de Monet é atingida por purê de batata arremessado por ativistas

O Museu que exibia o quadro em Berlim, na Alemanha, informou que, como o quadro era envidraçado, a pintura não foi danificada

Depois de Van Gogh, outro pintor teve sua obra alvo de um protesto realizado por um grupo ativista ambiental. Uma pintura do francês Claude Monet, que estava em exposição no Museu Barberini, em Berlim (Alemanha), foi atingida por um purê de batata arremessado por dois integrantes do movimento Letzte Generation (Última Geração, em português).

O vídeo foi publicado nas redes sociais do Letzte Generation no último domingo, 23. A pintura fazia parte da série “Les Meules” (Palheiros) e, ainda que o homem e a mulher responsáveis pelo ato estivessem próximos a seguranças, não deixaram de realizar o protesto.

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— Letzte Generation (@AufstandLastGen) October 23, 2022

Após o arremesso da substância na pintura, eles colaram suas mãos na parede e se pronunciaram. “As pessoas estão com fome, passando frio, estão morrendo. Estamos em uma catástrofe climática, e tudo o que vocês estão com medo são uma sopa de tomate ou purê de batata em uma pintura”, disse a mulher.

Ela acrescentou: “Sabem do que eu estou com medo? Estou com medo porque a ciência nos conta que não poderemos alimentar nossas famílias em 2050”. No Twitter, o perfil do Letzte Generation questionou: “O que vale mais: arte ou vida? Monet amava a natureza e capturou sua beleza frágil em suas obras. Por que muitos mais temem que uma dessas imagens seja danificada do que a destruição de nosso próprio mundo?”.

Poucas horas depois da publicação, o perfil do Museu no Twitter informou que, como o quadro era envidraçado, a pintura não foi danificada. Os visitantes poderão conferi-la novamente no espaço a partir da próxima quarta-feira, 26. A obra está em exposição permanente no museu.

Van Gogh também foi vítima

Há pouco mais de uma semana, o pintor holandês Vincent Van Gogh teve um trabalho seu atingido por uma sopa de tomate arremessada por ativistas do grupo “Justo Stop Oil” (Parem Com o Petróleo). A pintura “Girassóis” estava em exibição na Galeria Nacional de Londres e foi alvo de protestos dos integrantes, que exigiam que o governo britânico suspendesse novos projetos de extração de petróleo e gás.

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