Morre o músico Luizinho Duarte, fundador da Marimbanda

Ao longo da carreira, o artista trabalhou com Luiz Gonzaga, Zezé Motta, Tim Maia, Fagner, Elza Soares, Zeca Baleiro, entre outros artistas

O multi-instrumentista e compositor cearense Luizinho Duarte morreu, aos 67 anos, na manhã desta quinta-feira, 28 de abril, em decorrência de uma pneumonia. Fundador da Marimbanda, o artista ficou conhecido por passear entre ritmos brasileiros, como baião, frevo, choro, samba e bossa nova, através do seu trabalho no grupo, ao lado de Heriberto Porto (flautas), Thiago Almeida (piano) e Pedro Façanha (baixo).

O velório acontece ainda na manhã desta quinta, 28, a partir das 10h30min, no Theatro José de Alencar, de acordo com um comunicado divulgado pela família e amigos do artista. "Viva o grande compositor cearense. Viva o multi-instrumentista que marcou época e se tornou referência. Vivam as histórias nos ensaios e viagens e cafés. Vivam as lições do professor a cada momento. Vivam as melodias da Marimbanda. Viva um dos maiores músicos do Brasil. Viva seu Luiz!", diz o informe.

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O artista foi coordenador do projeto “Crescer com Arte” da FUNCI, maestro no Projeto da Orquestra de Barro de Cascavel (Uirapuru) e professor da Orquestra de Sopros de Pindoretama. O Curso de Música da Universidade Estadual do Ceará o reconheceu com o título de notório saber e o convidou a ministrar oficinas de Prática de Conjunto e Bateria. Em 2020, ganhou o prêmio "Fomento Cultura e Arte do Ceará” da Secretaria de Cultura do Ceará.

Músicos e amigos de Luizinho lamentaram a morte do artista. "Outro gênio musical, responsável por tantos conselhos maravilhosos, que mudaram não só a minha, mas a percepção de grandes músicos do cenário brasileiro", diz Renato Assunção.

O guitarrista e produtor musical Mimi Rocha também se pronunciou. "Estou muito abalado com a notícia da morte de mais um grande mestre brasileiro que nos deixa. Grande baterista, compositor, arranjador e também violonista, grande professor, formou vários alunos, um trabalho didático incrível", destaca.

"No começo dos anos 1990, eu voltando de São Paulo, dos estudos, ele foi a primeira pessoa que me deu a mão, me chamado para trabalhos. A gente fez vários projetos juntos", conta. "A gente tem que reverenciar muito a obra dele, um grande compositor", declara. "É uma perda inestimável, incalculável, para a cultura musical do Brasil", afirma.

Mimi ressalta o talento do mestre. "O estilo dele de tocar bateria era muito pessoal, muito delicado. Ele era um baterista que comentava a música, tinha um estilo muito pessoal. Tocava muito bem o violão de sete cordas e o pandeiro também", relata. "Fica o grande legado dele, a memória desse cara gentil, meio tímido, meio com cara de torrão, mas muito brincalhão, muito carinhoso", pontua.

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