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Star Wars: Squadrons promove experiência imersiva no universo de Guerra nas Estrelas

Star Wars: Squadrons é rápido, imersivo e imperdível para fãs da franquia Star Wars
19:35 | Nov. 17, 2020
Autor Davi Rocha
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Tipo Opinião

Continuando a boa fase dos direitos da franquia junto à EA Games iniciada com "Jedi: Fallen Order", "Star Wars: Squadrons" voa alto e conquista espaço entre os melhores jogos da marca "Guerra nas Estrelas" já produzidos. Sua proposta é simples e sua execução é quase impecável. Apesar de não ser um game para todo e qualquer fã das aventuras em uma galáxia muito muito distante, é seguro afirmar que "a força" é forte neste aqui.

"Star Wars: Squadrons" é uma grande homenagem aos embates aéreos mais famosos da história da humanidade, pintados aqui com cores completamente novas. Seu destaque não somente à jogabilidade mas às figuras icônicas dentro de cada cockpit deixam clara a intenção de ser mais que apenas um jogo de combate entre naves. Além disso, o jogo expande o universo de Star Wars sem ficar preso a ele.

O enredo do título ocorre após a Batalha de Endor - final do filme "Star Wars: O Retorno de Jedi" - e segue dois pilotos previamente desconhecidos e em lados opostos da luta entre a Nova República e o Império Galáctico. Após a queda da última Estrela da Morte, o conflito entre o bem se mantém acirrado e os dois protagonistas desempenham papéis decisivos nesta parte da saga.

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Apesar do trabalho de dublagem e da narrativa serem bem feitos, "Squadrons" foca em uma janela de tempo pequena e que não irá engrandecer demais o cânon de "Star Wars". Dito isto os personagens criados pela desenvolvedora EA Motive caberiam tranquilamente em participações especiais em obras futuras da franquia, de tão bem escritos e alinhados com o “jeito Star Wars” de contar histórias.

Fãs de jogos como "Jedi Starfighter", "TIE Fighter" ou "Rogue Squadron" irão se alegrar com o quão centrado este título é em vender a experiência de ser um piloto da Nova República ou do Império. A profundidade e excelência visual trazida neste prisma do game é incrível. Este é o novo padrão de excelência de simuladores de naves espaciais.

A diversão em decolar um X-Wing e perseguir TIE Fighters voando pelo espaço é impressionante e supera qualquer tentativa passada em emular este lado de Star Wars. O nível de controle sobre cada nave é também um caso à parte. Nas várias plataformas que suportam o game, é possível jogar tanto com um controle como também com manches dedicados, ou joysticks HOTAS, que emulam ainda mais a experiência de pilotagem.

Para se dar bem em uma disputa, além de saber controlar bem a nave, é preciso lidar com o gerenciamento de energia entre escudos, motores e lasers. É possível redirecionar ativos para dar capacidade extra cada um separadamente. É um exercício difícil, mas fundamental para aumentar as chances de sucesso, seja durante o modo história, como também durante os embates no modo multiplayer.

Sobre os modos de jogo, tanto no single quanto multiplayer o game gira em torno de dois tipos de combates entre naves: os combates aéreos 5x5 e as batalhas de frotas. Estes últimos são épicos embates, separados em estágios mais demorados e que envolvem o cumprimento de diferentes objetivos para além da destruição do time opositor. Apesar de parecer o mais empolgante e dinâmico dos dois, problemas com o balanceamento de jogadores entre os lados às vezes tornam as batalhas de frotas irritantes, uma vez que dificilmente uma equipe de iniciantes conseguirá dar a volta por cima contra adversários experientes. Já nos combates aéreos 5x5 que é separado por turnos, entre uma derrota e outra, novos jogadores podem se unir à sua equipe, ajudando a rebalancear as coisas a seu favor.

Em qualquer modo de jogo, são coletados pontos de experiência que poderão ser trocados por melhorias e itens estéticos, tanto para o exterior quanto interior das naves. O grau de detalhamento e customização não é dos mais altos, mas permite um sentimento de propriedade com as naves que forem personalizadas.

O game se passa quase que por inteiro na perspectiva de primeira pessoa - excluindo até a perspectiva por detrás da aeronave, tão comum em games desse tipo - em prol de ser o mais imersivo possível. Tal decisão permite jogar em realidade virtual da mesma maneira que fora dela, aumentando ainda mais as opções de jogo, sem sacrificar sua qualidade.

Apesar da imersão ser uma qualidade, ela tem seu contrapontos. Pessoas propensas a enjoos ou que tem dificuldade em se orientar em espaços abertos terão dificuldades. O uso de um fone de ouvido e uma atenção redobrada aos informes que aparecem na tela podem mitigar tudo isso.

"Star Wars: Squadrons" é um spin-off enxuto, simples e que consegue entregar com sucesso sua proposta de valor. Apesar de não ser um sucessor espiritual à altura de games como "Tie Fighter" e "Rogue Squadron", é uma experiência bem pensada e distinta. Apesar de algumas turbulências ao sacrificar a diversão em prol da imersão, o game merece pouso certo nos consoles e PCs de qualquer fã da franquia ou amante de um bom videogame.

Star Wars Squadrons está disponível para o Playstation 4, Xbox One e PC.

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