Edisca faz campanha para ajudar famílias de alunos
Com atividades paralisadas por conta da crise do coronavírus, Edisca pede doações para ajudar famílias de alunos atendidos pela escolaO isolamento social causado pelo novo coronavírus impossibilita a ação de diversos projetos que antes eram realizados quase diariamente. Por isso, as campanhas nas redes sociais estão ganhando mais destaque. Uma dessas iniciativas é a "Passos do Bem", iniciada pela Escola de Desenvolvimento e Integração Social para Criança e Adolescente (Edisca).
Aproximadamente 400 crianças e adolescentes são beneficiados diretamente pelas atividades da Edisca. Deste total, cerca de 64% vivem abaixo da linha da pobreza. "Quando a pandemia começou, pegamos toda a comida que tínhamos e dividimos entre as famílias. Mas a situação foi se agravando de uma forma que é indescritível. O trabalho sumiu, a fome bateu na porta, a violência doméstica cresceu", afirma Dora Andrade, coreógrafa e fundadora da escola.
Em um primeiro momento, a campanha Passos do Bem tem o objetivo de auxiliar as famílias favorecidas pela Edisca. A meta final, entretanto, é que esse número chegue a 1000 casas. "A ideia é que a gente possa, mensalmente, ajudar para que uma família de cinco pessoas possa se alimentar", almeja.
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AssineAs doações podem ser realizadas pela sociedade civil e por empresas. Kits de higiene e limpeza, cestas básicas e dinheiro são as maneiras de auxiliar a iniciativa. "É importante a adesão de toda a sociedade para que a gente possa passar por isso unidos. A situação ainda pode piorar muito. Somos todos seres humanos e devemos nos movimentar para ajudar pessoas", reforça Dora.
Além disso, a Edisca está mobilizando psicólogos, psiquiatras e outros profissionais para acompanhar as famílias semanalmente levando apoio psicológico e orientação socioassistencial. "Acho que, mais do que nunca, essa circunstância mostra que a gente precisa repensar a forma que nós estamos vivendo neste planeta. Precisamos de solidariedade, da compaixão", convoca a bailarina.
Antes da crise, as atividades da escola eram essencialmente presenciais. "Mas o momento nos obrigou a buscar estratégias de não ruptura", diz. O formato virtual está sendo realizado, porém, Dora reconhece a situação de diversos alunos. "A gente sabe que muitas crianças não têm um lugar adequado. São espaços difíceis de isolamento, porque são muito pequenos, com um grande número de pessoas. A gente está fazendo tudo que é possível fazer".