Evento online debate novas maneiras de viver o folclore

O Encontro do Folclore Online, que acontece entre hoje, 7, e sábado, 9, discute as transformações culturais em meio aos avanços das tecnologias

A essência do povo brasileiro pode ser definida por seu folclore. As danças, as músicas, a culinária e as relações sociais tão tradicionais do país não existiriam sem ele. "O folclore faz parte da nossa história, da nossa identidade cultural e das nossas raízes. Ele passa de geração para geração", afirma Felipe Lima, coordenador de produção da Ciranda Mídia.

Para ele, discutir sobre o assunto é reafirmar a identidade dos brasileiros. "É levar alegria e informação. É proporcionar que as pessoas se reconheçam dentro da história do folclore e percebam que ele está mais presente no nosso dia a dia do que elas imaginam", diz.

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É por causa dessa importância que a Ciranda Mídia Cultural, a Organização Internacional de Folclore e Artes Populares no Brasil (IOV Secção Brasil) e a Associação TXAI Cultura e Arte promovem, de hoje até sábado, 9, o Encontro de Folclore Online no Youtube.

Durante a programação, mais de 30 grupos e artistas do Brasil estarão ao vivo para falar sobre temáticas culturais. Todos os convidados são chancelados pela IOV. Entre as atrações confirmadas, estão o Balé Folclórico da Bahia, Escola de Samba Acadêmicos do Tauape e Dona Onete, cantora e compositora paraense. "É uma maneira de, mesmo que só virtualmente, manter viva a tradição para levar mais cultura e informação para as pessoas", explica Felipe.

Entretanto, debater sobre o assunto na internet é um conhecimento ainda pouco explorado. Lairton Guedes, vice-presidente da IOV Secção Brasil e presidente da Associação TXAI de Cultura e Arte, afirma que será o primeiro encontro online promovido pelas entidades. "Nós, que somos acostumados a trabalhar com corpo a corpo, estamos na frente do computador. São várias tecnologias que temos que aprender. Está sendo uma experiência nova", relata sobre a rotina de produção.

Por isso, o tema do evento será "Transformações culturais no processo tecnológico". Nos dois primeiros dias, grupos irão apresentar suas artes. Já no dia 9, seminaristas se reunirão virtualmente para debater sobre a associação entre tecnologia e cultura na sociedade brasileira.

Durante o isolamento social, o conteúdo se torna ainda mais relevante. "O que está nos salvando são esses encontros, esses festivais, essa união entre os povos. A cultura faz com que a gente possa nos unir, mesmo que estejamos distantes fisicamente. Ela nos acalenta, nos conforta", ressalta Lairton Guedes.

A mesma opinião é dividida também por Felipe Lima. Para ele, esse momento mostrou que é impossível viver sem cultura. "Tem sido um período de reafirmação dos movimentos culturais, muitas vezes, esquecidos ou desvalorizados. Todos os dias, sentimos falta de viver e respirar cultura, tanto é que logo foram criadas alternativas para produzir para as pessoas sem precisar sair de casa", indica.

Ainda no primeiro evento, a IOV Secção Brasil já planeja outras iniciativas maiores no mesmo formato, com grupos internacionais. "A gente procurou fazer com que essa integração fosse diversa. Abordamos primeiro o Brasil, de Norte a Sul, para depois fazermos com o mundial. Pretendemos atingir outros países", finaliza.

 

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