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Festival Digital do Livro homenageia Clarice Lispector

Evento vai promover rodas de conversa, leituras, entrevistas, sessões de cinema e palestras
19:24 | Abr. 22, 2020
Autor Clara Menezes
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Incentivar a leitura é um dos principais objetivos do Festival Digital do Livro que acontece amanhã, 23, em comemoração ao Dia Internacional do Livro. Promovido pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), o evento reúne uma programação online exclusiva com palestras, debates, recitais, entrevistas, filmes e programas de televisão e de rádio. Em 18 horas ininterruptas, diversos artistas, jornalistas e escritores participarão de conversas sobre assuntos relevantes da atualidade.

O evento ainda homenageia o centenário de Clarice Lispector. A escritora, que morreu em 1977, completaria 100 anos em 10 de dezembro de 2020. Autora de Água Viva, A Hora da Estrela e Um Sopro de Vida, Clarice marcou a literatura com seu estilo próprio. "Nada melhor no Dia Internacional do Livro que uma homenagem a mais internacional das escritoras brasileiras", afirma o presidente da Fundação e escritor, Antônio Campos.

Por causa de sua importância, seis atividades da programação serão destinadas a discutir e honrar Clarice. Entre elas, estão a mediação "Leitura do texto de Clarice Lispector para crianças: O Mistério do Coelho Pensante" e a palestra "Por uma questão de justiça: Modos de ler Clarice Lispector, pela escritora Clarisse Fulkeman". Além disso, personalidades farão interpretações de seus textos durante o dia.

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"Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever". A frase escrita na obra A Hora da Estrela define a constante necessidade de Clarice de fazer literatura. E é o que a fundação deseja reproduzir, agora se valendo do formato virtual. "As lives ou videoconferências nunca estiveram tão presentes e foram usadas de tantas formas quanto agora. Nosso esforço é para continuarmos atuantes, com iniciativas e atividades de qualidade. É um momento também de estimular a leitura", diz Antônio Campos.

Para além de Clarice, outros artistas também são lembrados. William Shakespeare, escritor dos clássicos Macbeth e Hamlet, morreu no dia 23 de abril de 1616. Outro nome que faleceu apenas um dia antes foi Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote. Em homenagem aos dois, constam entre as atividades "Leitura de trechos da obra de William Shakespeare, pelo seu tradutor Lawrence Flores Pereira", "Palestra do professor João Cezar de Castro Rocha sobre Cervantes e Shakespeare" e "Recital de trecho do romance Don Quijote, pelo professor espanhol Ángel Espina Barrio".

O início da programação acontecerá às seis horas da manhã, com a declamação do poema Tecendo a manhã, de João Cabral de Melo Neto. "Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol e seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre outros galos", dizem os versos, inspiradores para esses dias de isolamento social. (Clara Menezes/Especial para O POVO)

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