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Um Shyamalan Marvel?

| EM CARTAZ | Vidro, de M. Night Shyamalan, encerra a saga iniciada com Corpo Fechado e Fragmentado, e faz refletir sobre a complexidade dos comic-books e dos super-heróis
05:00 | Jan. 19, 2019
Autor O Povo
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M. Night Shyamalan já tinha três filmes no currículo quando ocorreu o estouro de O Sexto Sentido. Seguiu-se Corpo Fechado, outro sucesso, e um filme que deu origem a um verdadeiro culto. David Dunn/Bruce Willis sobrevive a um acidente de trens e encontra Elijah Crumb, o Sr. Vidro (Samuel L.Jackson), que tenta convencê-lo de que escapou porque possui superpoderes. Passaram-se 17 anos - de altos e baixos para o diretor - e aí ele surpreendeu de novo com Fragmentado, sobre as múltiplas personalidades do personagem de Kevin/James McAvoy.

Surpreendeu mais ainda ao revelar que era a segunda parte de uma trilogia iniciada com Corpo Fechado. O fecho chegou na última quinta, 17, aos cinemas brasileiros, com Vidro. Na tela, o trio David/Elijah/Kevin chega ao fim de sua saga.

David, transformado em vigilante, caça um assassino de mulheres que, nesse momento, mantém um grupo de garotas em cativeiro. Kevin, ora travestido de garoto, ora de mulher, é o guardião da Fera, sua personalidade mais terrível. Presos, os dois vão parar no instituto de segurança máxima em que uma médica faz experimentos com pessoas que se consideram especiais (e super-heróis).

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O Sr. Vidro está confinado no mesmo hospital. O trio reunido prepara o desfecho da trilogia que Shyamalan começou a construir há quase 20 anos. Agora, o tema de Vidro é a teoria da conspiração para evitar que o mundo saiba dos super-heróis entre nós. 

Um Shyamalan Marvel? "Não é um filme convencional de super-heróis, mas um comic book thriller, e um thriller psicológico, em que as coisas da mente estão intrincadas com as do físico", esclareceu o diretor e roteirista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Na mente do próprio Shyamalan, sempre havia esse conceito de que a trilogia deveria terminar com o confronto final entre David Dunn (Willis), Elijah/Vidro (Jackson) e Kevin/Fera (McAvoy).

Se há uma coisa que Shyamalan não se furta a analisar é o elemento de horror presente em seu cinema. "Não creio que o objetivo final desses filmes seja o horror, mas quero que sejam assustadores e provoquem medo no espectador. Se eles têm horror, têm também humor. E eu não sei, talvez seja uma ideia muito minha, mas, para mim, o horror é uma coisa masculina e o tipo de thriller psicológico que prefiro é mais feminino".

"A verdadeira personagem de terror do filme é a médica, que age de maneira tão racional. Sarah (Paulson) é fantástica no papel. Tudo o que o filme tem de inesperado, surpreendente e revelador passa através dela, com sua boca desenhada com batom além dos lábios e os olhos que expressam compaixão e algo mais. Esse algo mais é o que move Shyamalan. Alguma possibilidade de um quarto filme? "No way, sempre pensei em três e aqui terminam". (Agência Estado)

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