Stellantis testa protótipo de veículo com sistema inteligente de bateria
Tecnologia tem foco na otimização do uso do espaço no veículo e simplificação da manutenção do sistema elétrico
11:32 | Set. 21, 2025
A Stellantis, em parceria com a Saft (uma subsidiária da TotalEnergies), apresentou um protótipo de um veículo com tecnologia IBIS - um projeto de pesquisa colaborativa com sede na França, cujo objetivo é desenvolver um sistema de armazenamento de energia e conversão elétrica mais eficiente, sustentável e econômico.
Os testes em estradas já estão em andamento, com foco no avanço da eletrificação para aplicações energéticas móveis e fixas de energia.
O primeiro veículo elétrico a bateria (BEV) funcional equipado com o sistema IBIS é uma unidade do novo Peugeot E-3008, construído sobre a plataforma STLA Medium. O protótipo é resultado de trabalho em design, modelagem e simulação realizado pela Stellantis e a Saft, com apoio da E2-CAD, Sherpa Engineering e de instituições francesas de pesquisa, como o CNRS, a Université Paris-Saclay e o Institut Lafayette.
Desde meados de 2022, um demonstrador inicial do IBIS para aplicações fixas de energia já está em operação. A evolução para um protótipo móvel, segundo a Stellantis, representa um avanço decisivo no desenvolvimento do sistema.
Como funciona
O IBIS integra diretamente as funções de inversor e carregador à própria bateria — independentemente da química ou da aplicação. Essa arquitetura é compatível com corrente alternada (AC) e corrente contínua (DC), permitindo o carregamento direto no motor ou na rede elétrica, ao mesmo tempo em que alimenta o sistema de 12V do veículo e seus componentes auxiliares.
Benefícios
Eficiência e desempenho: até 10% de ganho em eficiência energética (ciclo WLTC) e 15% de aumento de potência (172 kW contra 150 kW), mantendo o tamanho de bateria.
Redução de peso e espaço: diminui o peso do veículo em cerca de 40 kg e libera até 17 litros de volume, favorecendo a aerodinâmica e oferecendo mais flexibilidade no design.
Carregamento mais rápido: os primeiros testes indicam uma redução de 15% no tempo de recarga (por exemplo, de 7 para 6 horas em um carregador AC de 7 kW), além de economia de 10% no consumo de energia.
Manutenção simplificada: facilita o serviço técnico e amplia o potencial de reutilização de baterias em segunda vida, tanto em veículos quanto em aplicações estacionárias.