Prêmio ArcelorMittal de Inovação é conquistado por equipe feminina 

Prêmio ArcelorMittal de Inovação é conquistado por equipe feminina 

A ArcelorMittal investe em robótica educacional desde 2024, em São Gonçalo do Amarante e Fortaleza, com a premiação; patrocínio a equipes; e aulas em escolas públicas

O troféu 2025 do Prêmio ArcelorMittal de Inovação foi conquistado por uma equipe de FLL (First Lego League) 100% feminina, durante o torneio de robótica do Festival Regional SESI de Educação. O anúncio da vencedora reconheceu o projeto que melhor inovou, agregando segurança, liderança, qualidade e sustentabilidade na solução de problemas por meio de novas tecnologias.

Ao todo, 59 equipes do Ceará, Sergipe e Mato Grosso, da rede SESI Ceará e de escolas públicas, disputaram esta e outras premiações durante a programação, dias 21, 22 e 23 de novembro, em Fortaleza.

"Nós queremos ajudar a construir um futuro mais inovador e conectado. Por isso apoiamos a robótica educacional. Acreditamos que investir em conhecimento é investir em transformação", afirmou Emanuela França, gerente de Comunicação e Relações Institucionais na unidade Pecém da ArcelorMittal. A vitória da equipe composta por meninas, na segunda edição do Prêmio ArcelorMittal de Inovação, também foi destacada pela gestora. "Temos um grande desafio, o de ajudar a ampliar o percentual de mulheres em carreiras STEAM, sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. As mulheres nem sempre são incentivadas a seguirem para essas áreas do conhecimento. O interesse e a curiosidade das crianças e jovens pela robótica educacional estão contribuindo com a construção dessa diversidade", comemorou Emanuela França.

No Ceará, a ArcelorMittal investe em robótica educacional desde 2024, em parceria com o SESI Ceará. Em São Gonçalo do Amarante (SGA), 60 estudantes do Ensino Fundamental (anos finais) das escolas EEFTI José Maria de Barros Pinho e EEF Adelino Alcântara Filho foram comtemplados em 2025 pelo projeto Fábrica de Robôs do SESI, patrocinado pela produtora de aço no município, que culminou na participação no torneio de robótica. A coordenadora pedagógica da escola Barros de Pinho, Lorena Moreira, acompanhou os alunos nessa primeira experiência deles em torneios.

A criatividade, o raciocínio lógico e o trabalho em equipe foram destacados por ela como as habilidades mais desenvolvidas e percebidas nos estudantes que participam do projeto. "Inclusive, alguns deles não lidavam muito bem com a tecnologia e houve esse estímulo", acrescentou a docente.

Do Ceará para o mundo

Em Fortaleza, a equipe All Might, composta por alunos da Escola Sesi Parangaba, é patrocinada há dois anos pela ArcelorMittal. Esta semana, de 26 a 28 de novembro, a All Might disputa a etapa global da World Robot Olympiad (WRO), em Singapura. O Niord Miranda, de 18 anos, integra o grupo que representa o Brasil no país asiático. Ele conta que o apoio da produtora de aço à All Might vai além do financeiro. "É muito importante também com a questão da experiência. Tivemos muita ajuda dos engenheiros da ArcelorMittal, que vêm aqui ou nos recebem lá no Pecém, e nos dão muitas dicas. Isso ajudou a deixar a nossa equipe bem mais profissional", compartilhou.

Uma forte característica da All Might é também a diversidade de gênero. "Metade dos integrantes são meninas. A gente vê esse crescimento exponencial", contou João Victor Moaco, professor do Sesi. Além de mentor da All Might, ele também orienta os alunos do projeto Fábrica de Robôs, em SGA. "Nessas equipes, temos também crianças com laudos de TDAH e de autismo. O grande interesse delas faz com que consigam superar as dificuldades iniciais e, com o tempo, elas vão se desenvolvendo muito bem", comentou.

A superação de ansiedade, a melhora no foco e o desenvolvimento de habilidades sociais foram citados por estudantes de robótica presentes no evento como conquistas que eles também comemoram. A bióloga, mestre em Climatologia, Chirley Mara, de 41 anos, confirma esse potencial de transformação. Ela é especialista em Educação Especial e também atua na área, desde 2011, em uma escola pública. "A robótica é uma aliada bastante interessante porque não se trata de um padrão fechado. Cada criança, dentro da sua neurodivergência, consegue desenvolver e adquirir habilidades, como a questão da concentração, principalmente em crianças que têm TDAH, e isso ajuda bastante no desenvolvimento de outras competências", afirmou a educadora. O filho de Chirley, Benjamin Cordeiro, de 13 anos, integrante da equipe All Might, começou a estudar robótica aos 10 anos. O aprendizado o ajudou a lidar com a timidez e a descobrir seus talentos. Na área profissional, ele já tem um sonho: "ser programador de mecatrônica".

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