Dia da Mentira: 4 questões sobre IA para refletir

Mentira ou não é bem assim: especialista fala sobre extermínio dos empregos, autonomia e custos elevados da tecnologia

Stênio Viveiros é consultor de engenharia de qualidade da keeggo e fala sobre a diferença entre inteligência artificial generativa e outras formas de IA: “Enquanto modelos tradicionais de IA executam tarefas com base em regras predefinidas ou em padrões de dados de treinamento, a IA generativa cria conteúdos novos baseados em algoritmos já conhecidos”.

Uma pesquisa realizada pela Accenture indica que empresas ao redor do mundo pretendem expandir aportes em inteligência artificial generativa em 2024. Segundo o estudo, que ouviu mais de 2 mil executivos de 13 países, 85% das companhias projetam aumentar os investimentos em IA generativa, com enfoque maior em áreas como atendimento ao cliente (55%), finanças (45%) e marketing (41%).

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“A IA generativa está transformando as dinâmicas de trabalho ao automatizar e aumentar a produtividade de tarefas. Tais mudanças não apenas aumentam a eficiência operacional e inovação, como também promovem a maior personalização e envolvimento do cliente”, afirma Stênio.

O especialista esclarece quatro mitos relacionados a IAG no ambiente de trabalho:

Ela substituirá completamente os humanos

Não necessariamente, mas pode mudar a natureza de algumas ocupações. Enquanto a automação tem o potencial de substituir tarefas repetitivas, a maioria das previsões sugere que ela complementará o trabalho humano.

“Muitas ocupações exigem habilidades únicas como empatia, tomada de decisões complexas e interações sociais, que são difíceis de serem replicadas por completo por máquinas. É mais provável que a IAG apoie e permita que os colaboradores se concentrem em atividades de maior valor agregado”, pondera.

Uma vez implementada, opera de forma autônoma

Os sistemas de IA generativa são projetados para criar conteúdo original, mas requerem supervisão humana para garantir que os resultados atendam aos padrões de qualidade esperados. Os humanos fornecem entrada inicial, definindo parâmetros, critérios e metas, e também revisam e ajustam os resultados conforme necessário.

“Além disso, medidas de controle de qualidade e ética são frequentemente implementadas para garantir que a IA generativa opere de acordo com os padrões legais estabelecidos. Portanto, embora possa ter certa autonomia na execução, o funcionamento geralmente ocorre dentro do controle humano”, complementa o especialista.

Não há limites de criatividade

Ainteligência artificial generativa tem, sim, algumas limitações criativas, incluindo dificuldade em compreender contexto profundo, dependência de dados de treinamento, falta de originalidade, ausência de intuição e emoções humanas, e falta de autoconsciência e propósito.

“A IAG evolui rapidamente para superar tais limitações, especialmente quando combinada com a criatividade humana, promovendo inovação e impacto em diversas áreas”, continua Stênio.

O custo é inacessível

O custo pode variar dependendo de fatores como a complexidade do projeto, escala de implementação, experiência dos desenvolvedores e infraestrutura necessária. Embora alguns projetos exijam investimentos altos, também existem opções acessíveis e prontas para uso, como plataformas de IA como serviço (AIaaS) e ferramentas de código aberto.


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