Guerra Fria tecnológica. E o Brasil nisso? 

Setor de chips é fundamental para o avanço e manutenção de um mundo digital que se impõe.

Tudo indica que a escassez de chips deve continuar em 2024. Os semicondutores são o coração, o cérebro e a alma de quase todos os aparelhos eletrônicos presentes na nossa nova vida digital. E eu não estou falando de TVs, celulares e carros autônomos. Estamos falando de redes, servidores, aeronáutica, medicina e tudo mais. 

Some-se a isso o fato de que poucas nações têm o controle no fornecimento dessas peças. Na verdade, apenas Taiwan é responsável por mais de 90% da produção mundial de chips de alta qualidade.

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Para Alexander Coelho, sócio do escritório Godke Advogados e especialista em Direito Digital e Proteção de Dados, essa dependência extrema pode trazer riscos significativos para a economia mundial. "A complexidade e o custo de fabricação de chips avançados tornam difícil a entrada de novos competidores, perpetuando essa concentração. A dependência de poucos fornecedores aumenta a vulnerabilidade a interrupções devido a fatores geopolíticos, desastres naturais ou crises de saúde, como observado recentemente", explicou.

A disputa comercial entre EUA e China também já invadiu o setor da tecnologia, numa espécie de "Guerra Fria Tecnológica" com efeitos no mundo todo. E o Brasil com isso, é o questionamento a ser feito."Para capitalizar esse potencial, seria crucial investir em educação, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura tecnológica e políticas que fomentem a inovação e a colaboração internacional. A posição geopolítica do Brasil, alinhada a uma estratégia bem definida, poderia permitir que o país se tornasse um hub regional para tecnologia e inovação, influenciando as tendências tecnológicas globais", aponta Alexander Coelho.

Alexander diz que o cenário de fragilidade na cadeia de suprimentos ficou evidente na pandemia, e mudou a modelagem das parcerias entre países. Ora, ora, isso nos faz concluir que quem for forte tecnologicamente terá mais voz no comércio global, logo atrairá mais investimentos. 

Fica a dica.

 

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