Artigo: Inovação Tecnológica sob o ponto de vista do Financiamento

Análio Rodrigues, consultor em inovação tecnológica e conselheiro de empresas, assina artigo a respeito de financiamento da inovação

*por Análio Rodrigues

A notícia é que teremos R$ 66 bilhões para financiar inovação tecnológica no Brasil nos próximos anos, conforme anúncio das Agências de fomento. Mas, afinal, para onde estão indo esses financiamentos, do ponto de vista dos estados? Se olharmos para os financiamentos contratados pela Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, veremos que alguns estados possuem empresas mais arrojadas neste quesito.

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Considerando que as empresas brasileiras, só recentemente, vêm desenvolvendo o hábito de falar e buscar recursos para se diferenciarem no mercado; neste caso, parece que o montante anunciado é muito, mas é pouco, na verdade. É pouco tendo em vista a quantidade de empresas no país e a necessidade de investimentos em novos produtos/processos. Além disso, financiar a inovação não é somente pela diferenciação no mercado interno, vai além-fronteiras, posto que a inovação é na verdade, uma constante na vida das empresas.

Investir em novos produtos/processos é diferenciar-se no mercado. E, para isso, é necessário financiamento, preferencialmente de longo prazo com taxas compatíveis ao risco tecnológico, tendo em vista que inovar, em síntese, apresenta certo grau de risco.

Então, quais os estados, a partir de suas empresas residentes, têm tomado maior quantidade de financiamento?

De 2022 e até setembro/2023 o valor em contratos de financiamento assinado pela Finep somava o total de R$ 10,3 bilhões. Por ano, temos em 2022 – R$ 4,0 bilhões, em 2023/setembro – R$ 6,3 bilhões. Houve então um crescimento de 50% no montante (set/23); considerando que ainda temos três meses para encerrar o ano, a diferença será ainda maior.

Assim, se acreditarmos que as empresas estão de fato motivadas a tomarem financiamento para inovação tecnológica, veremos que o montante anunciado não é, por certo, tão extraordinário quanto deveria ser.
Voltando a distribuição dos financiamentos por estados têm-se, para os anos de 2022-2023:

Alagoas – 0,09%
Bahia – 1,39%
Ceará – 2,48%
Distrito Federal – 0,87%
Espírito Santo – 0,71
Goiás – 1,99%
Minas Gerais – 4,75%
Mato Grosso – 1,63%
Paraná – 9,63%
Rio de Janeiro – 3,28%
Rio Grande do Sul – 34,82%
Santa Catarina – 7,80%
São Paulo – 30,47%
Fonte: Finep

Como se vê, nos estados mais industrializados as empresas tomam mais financiamento para inovação tecnológica.

 

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