Líderes de TI no Brasil estão mais confiantes em relação a IA

No Brasil, 22% dos executivos de TI duvidando que sua infraestrutura digital esteja pronta para IA. No mundo é 42‰, mostra pesquisa da Equinix

Mais de quatro em cada dez líderes de TI entrevistados globalmente (42%) acreditam que sua infraestrutura de TI existente não está totalmente preparada para as demandas da tecnologia de inteligência artificial (IA), apesar de sua adoção generalizada em todos os setores, de acordo com a Global Tech Trends Survey 2023, da Equinix.

No Brasil, os executivos de TI estão mais confiantes do que a média global, com somente 22% deles revelando preocupações com a infraestrutura digital. A pesquisa, que examinou as respostas dos líderes de TI à adoção da IA em suas organizações, vem após um ano de avanços significativos na IA, com a tecnologia sendo rapidamente implantada tanto em aplicações B2B quanto B2C.

"Os líderes de tecnologia em todo o mundo estão acelerando a integração da IA em suas organizações, e ela está se tornando cada vez mais uma capacidade crítica para habilitar sistemas inteligentes e autônomos que alimentam um negócio moderno. Aqueles que não conseguirem maximizar seu uso podem ficar para trás", disse Kaladhar Voruganti, Tecnólogo Sênior da Equinix.

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A pesquisa confirmou que a adoção de IA está aumentando em todos os setores da indústria, com três quartos (75%) dos 2.900 tomadores de decisão de TI entrevistados em todo o mundo buscando se beneficiar das vantagens da IA e já usando ou planejando usá-la em várias funções-chave. As organizações são mais propensas a usar IA, ou planejam fazê-lo, em operações de TI (85%), seguida por segurança cibernética (81%) e experiência do cliente (79%).

No Brasil, as operações de TI também são a função mais citada (97%), com experiência do cliente (96%), marketing (92%) e vendas (91%) na sequência.

"O desenvolvimento bem-sucedido de modelos precisos de IA depende do acesso seguro e de alta velocidade a fontes de dados internas e externas que podem estar espalhadas por várias nuvens e data brokers", acrescentou Voruganti. "Por exemplo, à medida que as empresas embarcam na criação de suas próprias soluções de IA generativa privada, elas podem querer processar seus dados confidenciais em um local privado e seguro com acesso de alta velocidade a fontes de dados externas e modelos de IA.

Além disso, estamos entrando em uma era em que mais dados estão sendo gerados na borda. Portanto, o processamento de IA tem que se mover para a borda por razões de desempenho, privacidade e custo. Para satisfazer os requisitos acima, os líderes de tecnologia podem implementar soluções híbridas onde o treinamento de modelos de IA e a inferência de modelos podem ocorrer em diferentes locais. Em última análise, para criar soluções de IA escaláveis, as empresas devem considerar se suas estruturas de TI podem acomodar a inclusão, o compartilhamento, o armazenamento e o processamento de dados necessários de conjuntos de dados massivos e diversificados, mantendo a sustentabilidade em mente.”

Os líderes de TI na EMEA demonstraram a maior incerteza sobre a capacidade de sua infraestrutura para acomodar as necessidades de IA (49%), em comparação com os líderes da Ásia-Pacífico (44%) e das Américas (32%).Além das atualizações da infraestrutura digital, a pesquisa também destacou a necessidade de educação e colaboração para permitir que as equipes de TI otimizem a implantação dessa infraestrutura, com expertise em computação em nuvem sendo buscada por 51% dos que estão aumentando suas equipes de TI no Brasil. Proteção de dados (48%) e IA/ML (39%) também são bastante procurados.

“O Global Tech Trends Survey aponta que a IA é quase uma unanimidade entre as tecnologias em uso ou com mais chances de serem implementadas nos próximos anos no Brasil. Para alguns analistas, o país passou a investir em IA um pouco depois de países desenvolvidos, mas o que vemos é que agora os executivos estão confiantes e apostando na tecnologia”, disse Victor Arnaud, managing director da Equinix no Brasil.

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