Empresas investem na computação em nuvem para superar a pandemia

Empresas brasileiras investem na computação em nuvem para superar a pandemia e atender às necessidades maiores dos conteúdos compartilhados.

O intenso movimento das empresas brasileiras para se manterem funcionando durante a pandemia de Covid-19 - dos escritórios ao comércio - fez saltar o investimento em uma tecnologia que a maioria já usava, mas talvez não tivesse ideia da sua importância: a computação em nuvem.


Ao acessar arquivos da empresa a partir do home office ou o aplicativo do banco, assistir a um filme no streaming e comprar em um e-commerce, você provavelmente está usando um serviço que adota a nuvem - ou cloud computing - para alcançar melhor performance e velocidade, onde quer que o usuário esteja.

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Não é à toa que, após as medidas de isolamento social, empresas dos mais variados setores tenham corrido em direção à nuvem. Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), os investimentos em TI que mais se destacaram em 2020 no Brasil foram em nuvem: houve um aumento de 165% nos investimentos com software na nuvem em relação a 2019, e de 127% em infraestrutura.


Esses dados são corroborados pela Equinix, empresa de infraestrutura digital que atende a mais de 10.000 clientes no mundo. Um dos principais serviços oferecidos é a interconexão, uma conexão direta e privada entre dois parceiros, contornando a internet pública. A conexão entre parceiros, em especial com provedores de cloud, como AWS, Microsoft Azure e Google Cloud, cresceu quatro vezes no Brasil em 2020, o dobro da média mundial.


Este registro de expansão aqui no Brasil coincide também com dados de uma pesquisa anual da Equinix chamada Global Interconnection Index (GXI), que apontou que o crescimento mais acelerado na velocidade de interconexão ocorrerá nos países da América Latina, crescendo a uma taxa composta de 50% entre 2019 e 2023. Entre os 11 setores incluídos no estudo, destaca-se o de conteúdo e mídia digital, com aumento previsto de 62% no período. Esta é a maior taxa de crescimento de todos os setores, em todas as regiões pesquisadas no GXI.

É interessante notar também que há um investimento forte em cabos submarinos na região para atender a esta demanda. Um deles é o Malbec, que conecta o Brasil à Argentina e tem parceria do Facebook. Outro destaque é o cabo EllaLink, a primeira conexão direta entre a América do Sul e a Europa, ligando São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza a Lisboa, Madri e Marselha. Ambos devem começar a operar este ano.


Os cabos submarinos são fundamentais para a conectividade global, uma vez que 99% do tráfego intercontinental atravessa um deles, com aproximadamente 1% do tráfego restante sendo transportado por meio de sistemas de satélite.

 

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