Testamos: Logitech MX Master 3S, um mouse versátil com preço alto

Modelo sem fio da Logitech tem boa bateria, diversos botões e ótima ergonomia; MX Master 3S vem em duas cores e custa a partir de R$ 756 no varejo online

No começo da pandemia, esta repórter usava um computador com especificações de entrada, um mouse gamer básico, e fones Bluetooth na melhor promoção que consegui. Com poucos meses de home office, porém, percebi a importância de manter equipamentos adequados em diversos aspectos, de performance a ergonomia, para melhorar o trabalho de casa.

Ao fim de 2020, meu setup havia evoluído em quase todos os aspectos. A qualidade de vida melhorou significativamente, da capacidade de abrir dezenas de abas no navegador para fazer apurações à cadeira de escritório com encosto alto. Por isso, em agosto, quando vi o anúncio da nova linha MX, da Logitech, contatei imediatamente a empresa pedindo produtos para review.

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A questão é simples: para quem tem a vida girando ao redor do computador, equipamentos de qualidade não são gasto, são investimento. Obviamente, não estamos tratando aqui de produtos baratos. Segundo a Logitech, a linha MX é voltada a profissionais criativos, como designers, programadores e escritores. Este tipo de público pode incluir os custos com estes acessórios no valor do seu trabalho.

É como uma câmera profissional: o valor do equipamento em si pode parecer absurdo, chegando a dezenas de milhares de reais, mas é necessário a quem trabalha com fotografia. Além disso, o preço na faixa dos R$ 700 cobrado pelo MX Master 3S não diverge de outros produtos da mesma categoria.

Mas vale o investimento? Afinal de contas, não é um preço baixo, e é necessário saber se o produto entrega o que promete. Por isso, usei o MX Master 3S nas últimas semanas como meu mouse principal e conto abaixo tudo o que descobri. Confira!

Sobre o review: a Logitech me enviou o MX Master 3S para análise em 23 de agosto, junto com o teclado MX Mechanical Mini e o headset sem fio G535. Os produtos serão devolvidos após os testes. A fabricante não teve influência no conteúdo deste texto.

Parâmetros de comparação: meu mouse de uso cotidiano é um HP Omen 600. Também testei o MX Master contra um Razer Mamba Elite. Ambos são cabeados.

Logitech MX Master 3S: especificações e disponibilidade

  • Sensor ótico: Darkfield de 200 a 8.000 DPI
  • Botões: sete - cliques esquerdo e direito, scrollwheel com clique do meio, seletor de modo da scrollwheel, voltar, avançar, scrollwheel horizontal para o polegar, botão de funções para o polegar
  • Conexões: sem fio (receptor Bolt ou Unifying de 2,4 GHz e Bluetooth 5.2 LE) e cabeada (USB-C)
  • Formato: destro, com com inclinação do apoio de pulso
  • Bateria: 500 mAh
  • Alcance sem fio: dez metros
  • Material: plástico emborrachado na parte superior, plástico fosco na parte inferior (27% de plástico reciclado na cor grafite e 22% na cinza claro), aço usinado nas scrollwheels
  • Outros: tecnologia Easy-Switch, permite parear com até três dispositivos diferentes

O MX Master 3S pode ser encontrado a partir de R$ 756 à vista ou a prazo no varejo online. Ele está disponível nas cores grafite e cinza claro (quase branco). Nossa unidade de testes veio nesta última.

Logitech MX Master 3S: conteúdo da caixa, materiais e design

Caixa do Logitech MX Master 3S tem mouse, receptor sem fio Bolt e cabo USB-C para recarga
Caixa do Logitech MX Master 3S tem mouse, receptor sem fio Bolt e cabo USB-C para recarga (Foto: Bemfica de Oliva)

O MX Master 3S vem em uma caixa ampla, que acomoda o mouse, o receptor Bolt e um cabo USB-C para USB-A. Há também papelada como manuais e certificado de garantia. O material da caixa é de boa qualidade, evidenciando o caráter premium do produto. Por não se tratar de um produto gamer, no entanto, o pacote é discreto.

A versão cinza claro tem um acabamento prateado fosco e pés plásticos pretos na parte inferior, onde também ficam os botões liga/desliga e Easy-Switch. O plástico do apoio de pulso é emborrachado. Há um descanso para o polegar, que contém um botão adicional. A parte onde ficam os dois bões principais e a scrollwheel é inclinado para a direita, aumentando a ergonomia.

Logitech MX Master 3S tem acabamento emborrachado na parte superior e plástico na inferior
Logitech MX Master 3S tem acabamento emborrachado na parte superior e plástico na inferior (Foto: Bemfica de Oliva)

O MX Master 3S é uma evolução do MX Master 3, de 2019. O design externo de ambos os modelos é idêntico. A única diferença significativa entre os dois é a resolução máxima do sensor, de 8.000 DPI no 3S contra 4.000 no antecessor.

Logitech MX Master 3S: conectividade

Há três formas de conectar o MX Master 3S: pelo receptor da Logitech (Bolt ou Unifying), via Bluetooth ou por cabo USB-C. Na ligação com fios, é possível seguir usando o mouse enquanto a bateria é carregada.

Através da tecnologia Easy-Switch, é possível conectar o MX Master 3S a até três dispositivos diferentes. Há suporte oficial para Windows (10 ou superior) e MacOS (10.15 ou superior). Embora não haja software da Logitech, também pode-se conectar o mouse a aparelhos iOS e iPadOS (14 ou superior), Android (8 ou superior), Linux e ChromeOS. Android, iOS e iPadOS suportam apenas conexão via Bluetooth.

Testei o MX Master 3S com todos os sistemas mencionados, exceto o MacOS. No Linux (e no ChromeOS, com certos ajustes) há programas não-oficiais para configurar produtos da Logitech, enquanto Windows e MacOS usam o software Options+, da própria empresa. Nos sistemas móveis, porém, o mouse tem apenas funções básicas.

A conexão do MX Master 3S é rápida e sem dificuldades, não havendo atraso no reconhecimento de funções como cliques ou movimento. Não cheguei a testar o alcance, mas, considerando que o foco do produto é uso em eletrônicos que ficam próximos ao usuário (ao contrário, por exemplo, de uma smart TV), os dez metros prometidos pela Logitech devem bastar.

Logitech MX Master 3S: bateria

É possível resumir esta seção em uma frase: é extremamente difícil acabar a bateria do MX Master 3S. Com 12 horas de uso do computador diariamente, após uma semana o mouse ainda tinha 65% de carga.

A Logitech promete que um minuto no cabo é capaz de oferecer três horas de uso, e até 70 dias de funcionamento por carga. Pela minha experiência, não tenho motivos para duvidar das alegações.

Deste modo, é possível tranquilamente passar várias semanas sem recarregar o MX Master 3S. E uma carga urgente de 5 ou 10% pode resolver dias de uso em minutos, até haver ocasião para encher totalmente a bateria.

Pode-se dizer que a bateria nunca será uma preocupação no MX Master 3S. É quase como usar um mouse cabeado - mas sem o inconveniente dos fios.

Logitech MX Master 3S: conforto, rapidez e precisão

Com 8.000 DPI, o MX Master 3S não é o mouse mais preciso disponível no mercado. No entanto, como não é um produto voltado ao segmento gamer, isso não chega a ser um problema, com a definição máxima sendo mais que suficiente para os usos propostos. Para além disso, mouses acima de 8.000 DPI atendem nichos muito específicos mesmo dentro de jogos.

O deslizamento do MX Master 3S é excelente em todas as superfícies que testei (mousepad de borracha, granito, MDF e plástico). Não há falhas de detecção do sensor, nem dificuldades em mover o mouse.

O formato inclinado do apoio de punho do MX Master 3S ajuda muito no conforto, o que é ainda melhor com o descanso do polegar. Um descanso para o mindinho não seria ruim, mas também não é algo indispensável. A diagonal é bem menos acentuada que no MX Vertical, também da Logitech, portanto não há um estranhamento ao passar de um mouse plano para ele.

O plástico emborrachado do MX Master 3S dá uma sensação agradável ao toque. Ele cobre toda a parte do mouse onde a mão encosta. Há uma preocupação, porém, com a durabilidade do acabamento, que pode descarcar ou ficar pegajoso com o tempo.

A scrollwheel vertical tem dois modos de operação, MagSpeed (rolagem livre) e regular (rolagem com pausas). Eles podem ser alternados pelo botão logo atrás da roda, onde geralmente ficam os seletores de DPI em outros mouses.

Há também uma scrollwheel horizontal. O item é bastante prático para quem trabalha com plataformas como Trello, na navegação de planilhas e mesmo em softwares de design e programação.

Ambas as rodas são de aço usinado, com uma boa sensação tátil e durabilidade reforçada. Eu preferiria, no entanto, que a rolagem horizontal tivesse os mesmos modos da vertical: ela é livre, como no MagSpeed, mas é interrompida imediatamente após o botão ser solto.

Em todo o mouse, o clique é suave e silencioso - segundo a Logitech, os botões do MX Master 3S fazem 90% menos ruído que o antecessor. Os únicos com clique mais notável, tanto em força necessária quanto em barulho, são os botões voltar e avançar.

Muito provavelmente, a única crítica que tenho ao MX Master 3S é no acabamento. A versão cinza claro suja com muita facilidade, especialmente para usuários com hiperidrose nas mãos, como é o meu caso. Alguns locais, como o encosto do polegar, os botões voltar/avançar e a scrollwheel vertical acumulam manchas, que não são facilmente removíveis do material emborrachado.

Logitech MX Master 3S: personalização e programa Options+

Programa Logi Options+ permite personalizar o mouse sem fio Logitech MX Master 3S
Programa Logi Options+ permite personalizar o mouse sem fio Logitech MX Master 3S (Foto: Reprodução)

No Windows e no MacOS, o MX Master 3S pode ser personalizado pelo programa Logitech Options+. O software permite customizar o funcionamento de todos os botões do mouse, e mesmo atribuir usos diferentes para determinados aplicativos.

Na primeira conexão, o programa detecta quais softwares compatíveis estão instalados no computador e sugere personalizar ações para eles. É possível incluir ou alterar customizações posteriormente, no entanto.

Apesar disso, usuários que priorizam jogos podem achar poucas as opções de personalização, devido à quantidade de botões. Mais uma vez, insisto: este não é o público-alvo do produto - na própria Logitech, a série G tem mouses mais adequados a este nicho.

Ainda assim, testei o MX Master 3S com alguns jogos. Em Divinity: Original Sin 2 e em Green Hell, o mouse foi adequado às funções dos games. Não houve input lag, mesmo no modo sem fio, e o deslizamento foi satisfatório.

No uso profissional, os quadros de Trello e ClickUp responderam sem problemas à rolagem horizontal, mas Photoshop não. O formato ergonômico do MX Master 3S tornou confortável o uso, para trabalho e lazer, por horas a fio.

Logitech MX Master 3S: conclusão e alternativas

É difícil apontar defeitos no Logitech MX Master 3S. O mouse tem um belo e equilibrado conjunto de funções, perfeitamente adequado a usuários que buscam produtividade, e podendo auxiliar para jogatinas até mesmo além do casual.

De fato, o único incômodo que encontrei no uso do mouse foi o acabamento, que suja com facilidade. O material não é fácil de ser limpado, mesmo usando álcool e escovas para tentar remover as manchas.

O programa de personalização também poderia ser um pouco melhor. O que particularmente me incomodou foi a personalização do botão do polegar: o Logi Options+ permite escolher algumas funções predefinidas, ou customizar os gestos. No entanto, não é possível selecionar os comandos das listas predefinidas ao escolher os customizados.

O preço é uma questão a ser considerada, obviamente. No entanto, se você está cogitando a compra de um mouse de R$ 700, é porque provavelmente já enxerga os retornos que o acessório dará em termos de produtividade, e tem algum planejamento de como incluir o valor do produto no retorno financeiro do seu trabalho.

Na faixa de R$ 600 a R$ 800, a maioria dos mouses é da categoria gamer, algo entre intermediários e avançados. Há modelos focados em produtividade na mesma média de valor, mas são poucos.

Deste modo, escolhi três características para definir alternativas ao MX Master 3S: marcas conhecidas na mesma faixa de preço, resolução de 8.000 dpi ou mais, e ter conexão sem fios. Veja abaixo os possíveis rivais.

Logitech tem como concorrentes ao MX Master 3S o MX Vertical (esquerda), G Pro Wireless (direita) e G Pro X Superlight (centro)
Logitech tem como concorrentes ao MX Master 3S o MX Vertical (esquerda), G Pro Wireless (direita) e G Pro X Superlight (centro) (Foto: Divulgação/Logitech)

Na própria Logitech, há alguns modelos que devem ser considerados. Um deles é o MX Vertical, único modelo em que não considerei a resolução de 8.000 dpi como fator de eliminação. Há motivos para isso: além de ser o único outro mouse de produtividade desta lista, o ponto de venda dele é o formato, que também pode atrair interessados no MX Master 3S. O preço também está abaixo dos R$ 600.

Como o nome sugere, o MX Vertical é usado com o pulso em uma posição mais natural que os mouses horizontais. Ele tem uma inclinação de 57°, que, segundo a Logitech, "é a mesma de um aperto de mãos". A melhor maneira de descobrir qual dos dois modelos é mais adequado, neste aspecto, é testá-los lado a lado em uma loja física.

Como vantagem do MX Vertical, fica principalmente a inclinação, para quem procura um mouse especificamente com este intuito. O preço também é levemente menor. A favor do MX Master 3S ficam a maior sensibilidade (8.000 contra 4.000 dpi), o botão personalizável no polegar, e a scrollwheel mais avançada.

Ainda dentro de casa, mas na marca gamer Logitech G, o Pro Wireless é uma opção para quem prefere um design ambidestro. O mouse é totalmente simétrico, com dois botões configuráveis na esquerda e dois na direita, e pode ser usado de qualquer lado do computador.

O sensor, com 25.600 dpi, tem mais que três vezes a sensibilidade do MX Master 3S. Para quem prefere mouses mais leves, o peso é de 80 g, contra 141 g do 3S. Ele tem suporte à tecnologia Powerplay, que permite carregar o acessório em um mousepad compatível. As perdas ficam na bateria, que dura no máximo 60 horas (48 horas com as luzes RGB ativadas), na scrollwheel e na falta de um apoio para o polegar.

Outra opção da Logitech G é o Pro X Superlight. Como o nome indica, o peso é o maior ponto de venda aqui: são apenas 63 gramas, menos da metade do MX Master 3S. O sensor é o mesmo do Pro Wireless, e também há suporte ao Powerplay.

Embora a bateria seja melhor que o Pro Wireless, ela também fica bem abaixo da opção para produtividade: são 70 horas de uso contínuo, muito menos que o MX Master 3S. Não há botões adicionais aqui, apenas a scrollwheel (também sem MagSpeed), cliques direito e esquerdo, e voltar/avançar. Também fica de fora o apoio de polegar.

Em lojas confiáveis, o Logitech MX Vertical sai por R$ 569 à vista, ou R$ 599 a prazo. O G Pro Wireless pode ser comprado por R$ 625, à vista ou a prazo. O Pro X Superlight custa R$ 708, à vista ou a prazo.

Razer tem como concorrentes ao Logitech MX Master 3S o Basilisk X (esquerda) e Viper Ultimate (quatro cores à direita)
Razer tem como concorrentes ao Logitech MX Master 3S o Basilisk X (esquerda) e Viper Ultimate (quatro cores à direita) (Foto: Divulgação/Razer)

Na Razer há dois modelos comparáveis. O primeiro é o Basilisk X, que traz como vantagens a resolução de 16.000 dpi e o peso de 106 g (83 g sem pilha). A duração da carga vai a 450 horas de uso (no Bluetooth, ou 285 horas com o dongle), comparável ao MX Master 3S, mas aqui é usada uma pilha AA comum, que precisa ser trocada ao fim da energia - há, no entanto, quem enxergue isso como uma vantagem às baterias internas.

Embora haja apoio para o polegar, não há um botão aqui. Deste modo, são apenas seis opções de cliques no Basilisk X. A scrollwheel também é melhor no MX Master 3S, e o Razer não tem conexão Bluetooth.

Ainda na marca da serpente verde, mas mais acima na hierarquia, está o Viper Ultimate. Com design ambidestro, ele traz oito botões e bateria integrada, que promete até 70 horas de carga. O sensor é de 20.000 dpi, e o peso é de 74 g.

Como desvantagens em relação ao MX Master 3S, o Viper Ultimate fica devendo em bateria, na scrollwheel (embora, com superfície plana, os modelos da Razer sejam melhores que outros mouses da lista) e na falta de um apoio para o polegar. Também não há suporte a Bluetooth.

O Razer Basilisk X pode ser comprado por R$ 361 no varejo online. O Viper Ultimate sai por R$ 792 sem a base de recarga, ou R$ 849 com a dock - mas ele pode ser carregado normalmente com um cabo USB-C.

Por fim, o HyperX Pulsefire Dart é mais um concorrente gamer ao Logitech MX Master 3S. Como vantagens ele traz o sensor de 16.000 dpi e o suporte a recarga sem fio no padrão Qi para a bateria interna. O peso é de 110 g.

O Dart fica devendo na duração da carga, de apenas 90 horas (ou 50 horas com as luzes RGB ligadas), em ter apenas seis botões e na falta de Bluetooth. A scrollwheel é arredondada, enquanto o apoio de polegar existe, mas é bem menos pronunciado que no 3S.

Duas coisas precisam ser levadas em conta, ao considerar os mouses gamers contra o MX Master 3S. A primeira é a diferença em parâmetros de qualidade, como a durabilidade dos botões e a taxa de leitura do sensor (polling rate).

Enquanto o mouse produtivo da Logitech tem testes para 10 milhões de cliques, modelos gamer vão a 50 ou 70 milhões. Os acessórios para jogos também costumam partir de 1.000 Hz na polling rate, enquanto a do MX Master 3S é de apenas 125 Hz (ou 90 Hz por Bluetooth).

Também deve ser notado que nenhum dos concorrentes listados - inclusive o MX Vertical - tem barra de rolagem horizontal. Essas distinções mostram que, apesar dos preços similares, os produtos são voltados a públicos diferentes, então é necessário entender quais as suas prioridades em um mouse antes de decidir a compra.

No fim das contas, o Logitech MX Master 3S é um mouse que se destaca pela versatilidade. Pensado para ser produtivo, ele também consegue fazer frente a modelos gamer, caso sua jogatina seja casual e não profissional.

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