Cientistas desenvolvem drone que encontra pessoas pela voz

Parece distopia sci-fi, mas não é: a ideia é que estes robôs sejam utilizados para encontrar vítimas de desastres

Parece ficção científica, mas não é. O instituto de pesquisas alemão Fraunhofer-Gesellschaft (KFIE) apresentou está desenvolvendo um drone, apelidado “Ninho do Corvo”, capaz de rastrear indivíduos através de “sons impulsivos”, como gritos. O projeto foi apresentado na terça-feira, 8, durante encontro da Sociedade Americana de Acústica (ASA, na sigla em inglês). As informações são do CanalTech.

A despeito da premissa semelhante a distopias sci-fi, a iniciativa tem uma motivação humanitária: a ideia é que os robôs sejam utilizados para encontrar pessoas vítimas de desastres, que estejam soterradas ou que tenham passado despercebidas pelas equipes de resgate.

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“Se houver um prédio sendo destruído ou uma catástrofe, como um terremoto, as pessoas podem ficar presas e as equipes de resgate precisam reagir muito rapidamente. É difícil encontrar a localização dessas vítimas, mas com os drones poderíamos ajudar a achar esses locais”, explica Macarena Varela, a engenheira responsável pela pesquisa.

Os drones são equipados com mais de 60 microfones especiais que captam os ruídos distintos. Por meio de um algoritmo de aprendizado profundo, as máquinas foram “ensinadas” a diferenciar em sons emitidos por seres vivos em perigo, como os gritos ou pedidos de socorro, dos outros barulhos no local.

Varela explica que a ideia é lançar estes pequenos robôs sobre áreas que tenham sofrido uma catástrofe e permitir que, uma vez em campo, eles indiquem onde estão as vítimas, facilitando o resgate por parte das equipes.

“Assim que um som fosse detectado, a aeronave iria voar para perto desse local e parar sobre a posição exata de onde o barulho está vindo. Quando um desastre ocorre, cada minuto conta para encontrar pessoas desaparecidas”, detalha a cientista.

Para garantir a eficiência do sistema de captação dos drones, a equipe criou uma espécie de banco de dados que vai além dos gritos: palmas, pisadas e batidas devem ser captadas pela máquina também. A ideia é que, com o desenvolvimento do algoritmo, o drone possa, inclusive, discernir frases.

No vídeo apresentado durante a convenção da ASA, é possível ver o drone, ainda em testes, operando: ao captar o grito de socorro (“Help!”) e o som do claque que imita palmas, a máquina, que estava em movimentação, para. Assista:

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