Microsoft patenteia chatbot que poderia simular pessoas que já morreram

Registro solicitado pela empresa em 2017 lista várias aplicações, inclusive "ressuscitar" pessoas virtualmente; objetivo principal, no entanto, é criar robôs de atendimento mais humanizados

A Microsoft obteve em dezembro a patente de um sistema de chatbot que poderia até mesmo simular a personalidade de pessoas mortas. O chatbot é um robô de conversa digital, como os assistentes virtuais usados por diversas empresas no atendimento a clientes via redes sociais. Solicitado em 2017, o registro sugere os dados como voz, textos e até caligrafia para criar um perfil virtual.

O objetivo principal, segundo a empresa, é criar robôs humanizados para atendimento a clientes, com "personalidade própria". Além de coletar dados de redes sociais, mensagens e outros, para aumentar a verossimilhança da interação, seria possível também criar modelos em 2D ou 3D da pessoa usada como base para o chatbot, com base em fotos e vídeos.

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Outro uso sugerido na patente, porém, é criar uma personalidade digital de "uma entidade passada ou presente (ou uma versão dela), como um amigo, um parente, um conhecido, uma celebridade, um personagem de ficção, uma figura histórica". Esta ideia abre a possibilidade de cadastrar dados de uma pessoa que já morreu, similar ao que acontece no episódio "Be Right Back", da série Black Mirror, em que a protagonista contrata um serviço de inteligência artificial que simula interações com o seu falecido esposo - primeiro por vias digitais, como mensagens de texto, e em seguida como um robô de tamanho real.

Empresa criou sistema de chatbot de pessoas mortas em 2018

A ideia, no entanto, não é nova. Em 2018, uma empresa chamada Eternime divulgou um sistema muito similar, que usava dados de redes sociais e também conversas com um sistema automatizado para criar exatamente um perfil digital que poderia ser usado de maneira póstuma. Embora a patente da Microsoft seja anterior, de 2017, ela só foi revelada em dezembro após a concessão do Escritório de Patentes dos Estados Unidos - a Eternime, no entanto, foi fundada em 2014 e começou a divulgar seu produto pouco depois.

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