Entenda o Roku, sistema para TVs conectadas que está chegando ao Brasil

Um dos usos mais populares da internet nos últimos anos são os serviços de streaming, que permitem o consumo sob demanda de diversos tipos de mídia. Há plataformas para filmes e séries, músicas, livros e até mesmo jogos eletrônicos. A praticidade de desembolsar um valor fixo por mês para acessar o conteúdo, em vez de pagar a cada uso, atraem usuários que buscam conveniência e entretenimento. Em alguns desses aplicativos e sites existem inclusive opções gratuitas, custeadas por anúncios. Não à toa, pesquisa encomendada pelo governo do Reino Unido em 2016 mostrou que estes serviços foram responsáveis por reduzir a pirataria na internet.

A grande quantidade de serviços, porém, trouxe problemas próprios: como acessar tantas plataformas de maneira prática? Uma das alternativas está nos televisores conectados à internet, as smart TVs. Ainda assim, pela quantidade de aplicativos presentes nestes equipamentos, com diversas funcionalidades, o uso pode ser difícil para quem busca apenas consumir os conteúdos sob demanda.

A Roku, empresa que produz produtos para streaming desde 2008, promete uma solução para este problema. Seus equipamentos têm um sistema específico para o acesso a essas plataformas, contando com mais de cinco mil “canais” de acesso sob demanda e conteúdo do mundo inteiro. A companhia agora está chegando ao Brasil, “um dos maiores mercados de streaming do mundo”, segundo seu fundador Anthony Wood.

Globalmente a companhia oferece dois tipos de produtos: as smart boxes, de marca própria, e as smart TVs, produzidas por outras empresas, mas que incluem o sistema RokuOS. Uma smart box é um pequeno dispositivo que deve ser ligado à televisão e é acessado de maneira similar a um reprodutor de DVD ou decodificador de TV por assinatura. As smart TVs, por sua vez, já vêm com esse equipamento “embutido”. No Brasil, por enquanto, apenas os televisores serão vendidos.

São dois modelos, lançados em parceria com a AOC, em tamanhos de 32 e 43 polegadas. Ambos possuem três conexões HDMI, uma entrada USB, conector para cabo de internet, WiFi e receptor de televisão digital – há também a possibilidade de usar cabos coaxiais (comuns nos receptores de TV por assinatura) e vídeo composto (presente em aparelhos de DVD). As telas possuem iluminação por LED, com resolução de 1366x768 para o modelo de 32” e 1080p na versão de 43”.

Como funciona

A grande vantagem dos aparelhos da Roku é ter à disposição uma ampla lista de plataformas de transmissão por demanda, de vídeo e de música, que são mostrados em um catálogo. Há serviços – chamados de “canais” – de vários países, e existem tanto opções gratuitas quanto plataformas de assinatura paga. Alguns dos canais disponíveis no Brasil são Netflix, YouTube, Apple TV+, HBO Go, Deezer e Spotify, havendo também a plataforma nacional Globoplay como um dos destaques para atrair consumidores locais. É possível usar o celular como controle remoto do televisor, pelo aplicativo próprio da Roku, e até mesmo conectar fones de ouvido no smartphone, para ouvir o som da televisão com privacidade.

Há, porém, limitações que podem tornar outras alternativas mais interessantes. Quem assina o Amazon Prime Video, por exemplo, não vai poder usar o serviço por enquanto: o suporte a essa plataforma está previsto para “em breve”. Também não há integração como Amazon Alexa e Google Assistente, ao contrário da maioria dos produtos desse tipo – segundo a empresa, essa funcionalidade está planejada, mas não há prazo para ser implementada. Outra questão que pode afastar potenciais compradores é que os televisores lançados no Brasil têm telas com imagem inferior a de produtos concorrentes: na mesma faixa de preço é possível encontrar smart TVs com paineis de resolução 4K, que oferece definição quatro vezes maior que o modelo mais caro da Roku, e mesmo nível de funcionalidade.

Os preços de lançamento são de R$ 1.199 (32”) e R$ 1.599 (43”), com vendas online começando nesta quarta feira (22) nos sites de Casas Bahia, Extra e Ponto Frio. Nas lojas físicas os produtos estarão disponíveis a partir de fevereiro. A empresa informou que por enquanto não tem planos de vender as smart boxes no Brasil.

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