Férias de verão: calor e sol intenso aumentam riscos para pele

Chegada das férias de verão exige atenção redobrada com a pele

O verão exige atenção redobrada com a pele. Veja recomendações para proteger sua saúde cutânea e evitar doenças durante o período mais quente do ano

As férias de verão, que coincidem com a chegada da estação e as festas de final de ano, marcam o período de descanso para a maioria dos brasileiros. Oficialmente, o verão começa em 21 de dezembro e se estende até março, trazendo consigo temperaturas mais elevadas e dias mais longos.

Com o recesso escolar, as atividades ao ar livre e a exposição ao sol se tornam mais frequentes, o que exige atenção redobrada com a pele.

Além disso, é o período mais quente do ano. Segundo o Observatório Nacional, o calor intenso ocorre devido à inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra, que faz com que os raios solares atinjam o hemisfério de forma mais direta.

Para a dermatologista Érica Moreira, esse cenário exige cautela. "Passamos mais tempo expostos ao sol, muitas vezes de forma contínua, durante o período de férias. O calor intenso, o suor e o contato com água salgada ou clorada acabam fragilizando a barreira natural da pele, tornando-a vulnerável a queimaduras, manchas, desidratação e infecções", alerta a médica.

 

A seguir, entenda os riscos da exposição solar sem proteção e como manter a saúde cutânea: 

Sol do verão: quais são os riscos?

A exposição solar sem proteção pode causar danos imediatos e cumulativos, conforme a dermatologista Érica Moreira. A curto prazo, o excesso de sol favorece a insolação, desidratação e piora de doenças de pele preexistentes, além de favorecer infecções fúngicas.

Já a longo prazo, a exposição prolongada ao sol sem proteção favorece o desenvolvimento de câncer de pele e surgimento de manchas persistentes, rugas profundas, perda da elasticidade e envelhecimento precoce do tecido cutâneo.

Muitas pessoas têm dúvidas sobre quando procurar ajuda médica. Érica explica que a insolação é um quadro grave, no qual o corpo perde a capacidade de regular adequadamente a temperatura.

"Sintomas como tontura, náuseas, vômitos e confusão mental são sinais de alerta e indicam a necessidade de procurar atendimento médico. Já na queimadura solar simples, geralmente não há esses sintomas sistêmicos", diferencia a dermatologista.

Além do câncer, outras doenças e condições são comuns nessa época do ano devido ao calor, o suor excessivo e a umidade que criam um ambiente favorável para o surgimento e agravamento dessas condições. São elas:

  • micoses,
  • brotoejas,
  • dermatites,
  • piora da acne,
  • herpes labial,
  • manchas (ex: melasma)

Cuidados com a pele durante as férias de verão

Se alguém exagerou no sol e ficou com a pele vermelha ou ardendo, o primeiro socorro recomendado é sair imediatamente do sol, resfriar a pele com água fria ou compressas frias e manter uma boa hidratação oral.

"Hidratantes calmantes podem ajudar na recuperação da pele, mas nunca se deve aplicar receitas caseiras, substâncias irritantes ou produtos sem orientação médica, pois isso pode piorar a inflamação e aumentar o risco de complicações", alerta a profissional.

Para evitar cenários assim, o principal hábito é o uso diário do protetor solar e selecionar o melhor horário para a exposição, evitando os períodos de sol mais intensos do dia.

"O ideal é priorizar os horários antes das 10h e após as 16h, quando a radiação ultravioleta é menos intensa. Mesmo nesses períodos, o uso de protetor solar e de roupas com proteção UV continua sendo indispensável, principalmente em crianças."

Uma hidratação adequada ajuda a manter a barreira cutânea íntegra, reduzindo o risco de ressecamento e irritações. Além disso, a alimentação rica em frutas, verduras e alimentos antioxidantes vai auxiliar no fortalecimento da pele e na sua capacidade de defesa contra os danos causados pelo sol.

Como usar o protetor solar da maneira correta?

Ao escolher um protetor, é necessário entender o FPS (Fator de Proteção Solar). Embora o fator 30 seja o mais comum, a Érica Moreira recomenda comprar o FPS 50 ou superior para o verão brasileiro, especialmente em situações de praia e piscina.

Outra dica da dermatologista são os protetores com cor. "Eles protegem contra a luz visível, ajudando na prevenção de manchas, sendo especialmente indicado para pessoas com melasma ou tendência à hiperpigmentação."

A eficácia do produto, porém, depende da sua aplicação correta. A seguir, confira alguns erros recorrentes destacados por Érica:

  • usar uma quantidade insuficiente
  • não reaplicar o produto ao longo do dia
  • esquecer áreas como orelhas, pescoço, couro cabeludo e outros
  • não utilizar o protetor diariamente

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