Anvisa amplia prazo de uso do DIU Mirena de cinco para oito anos
A decisão é baseada em um estudo que mostrou a eficácia do dispositivo contraceptivo após oito anos de uso
Uma nova decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou o prazo de uso do Dispositivo Intrauterino (DIU) no modelo Mirena para prevenir gravidez de cinco para oito anos. A escolha de baseou em estudos que mostram que o dispositivo segue em funcionamento, mesmo após o fim do período descrito na bula de cinco anos.
É importante dizer que o produto não sofreu alteração em composição hormonal ou em sua fomulação, mas que a decisão é baseada em um estudo do American Journal of Obstetrics and Gynecology, de 2022. A pesquisa acompanhou mais de três mil mulheres e concluiu que a eficácia no oitavo ano de uso poderia ser comparado com a do quinto. Logo, sua eficácia é mais longa do que o previsto.
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No mesmo ano, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou a ampliação para oito anos com base neste estudo. Por isso, a Anvisa revisou o prazo do método contraceptivo e também decidiu pela ampliação — já em vigência.
A duração não se aplica para mulheres que usam o DIU por prescrição médica para o tratamento do sangramento uterino anormal ou para proteção endometrial. Nestes casos, os cinco anos seguem em vigência.
O Dispositivo Intrauterino no modelo Mirena integra a lista de contraceptivos de longa ação reversível (LARC) — que permite o uso prolongado sem precisar de manutenção frequente, como é o caso da pílula anticoncepcional.
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Este contraceptivo, segundo estudiosos, diminuem a taxa de falha e proporcionam segurança para a mulher, sendo inclusive um instrumento contra a gravidez na adolescência. A Organização Mundial da Saúde (OMS), o DIU está entre os contraceptivos mais eficazes, ficando atrás apenas dos métodos definitivos, como vasectomia e laqueadura.