Diagnóstico de depressão cresce em 41% no Brasil, aponta pesquisa

Pesquisa realizada pela Covitel analisou o percentual de diagnósticos de depressão entre o período pré e pós-pandêmico. Mulheres foram mais afetadas

Pesquisa recente apontou um aumento significativo no percentual de diagnósticos médicos de depressão entre o período pré-pandemia e o primeiro trimestre de 2022. Os dados, divulgados em abril pela Covitel — Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia — mostraram um crescimento de 41% nos casos de depressão no pais. 

Para realizar o estudo, que avaliou a influência da Covid-19 nos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na população brasileira, foram feitas 9 mil entrevistas por telefone, sendo metade por aparelho fixo e metade por celular, no período de janeiro a março. A amostra abrangeu as cinco regiões do país — Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul —, incluindo população das capitais e do interior.

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Covitel: resultado da pesquisa 

O levantamento obteve como resultado um aumento do diagnóstico médico da depressão entre mulheres e pessoas com maior escolaridade — crescimento em 39,3%. No grupo feminino, o índice foi maior do que no masculino em ambos os períodos, tanto pré como pós-pandêmico. 

Já na análise da faixa etária, no período de pré-pandemia, a depressão era mais frequente entre aqueles com idade igual ou superior a 65 anos. Já no primeiro trimestre de 2022, quase todas as faixas etárias tinham prevalência semelhante.

Entre as pessoas brancas, 16,5% foram diagnosticadas com o transtorno, número que era de 11% antes da crise sanitária. Entre a população negra, o percentual de pessoas diagnosticadas com depressão passou de 8,8% para 11,8%.

A pesquisa também apontou o crescimento do uso de cigarros eletrônicos e o aumento do sedentarismo. Os jovens e os adultos até a faixa dos 40 anos estiveram entre os mais afetados pelo aumento nos diagnósticos de depressão.

 

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