Influenza H3N2: veja o que se sabe sobre o vírus e como se prevenir da doença

No Ceará, 18 casos do subtipo H3N2 foram confirmados. Nenhuma morte ainda foi registrada

ATUALIZAÇÃO | Ceará tem 174 casos confirmados de Influenza A; 40 são de H3N2

Diante do aumento de casos da Influenza A H3N2 em estados brasileiros, como Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, um alerta sobre a cepa do vírus causador da gripe também está presente no Ceará. Na última quinta-feira, 16, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) divulgou uma nota técnica informativa para a população e profissionais da saúde contendo orientações sobre como proceder diante dos casos, assim como se proteger do vírus.

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Segundo a pasta, em dezembro, 18 casos do subtipo H3N2 foram confirmados no Estado, a maioria entre pessoas com idade de 20 a 49 anos, sem diferença significativa entre os sexos. O documento também informa que a maioria dos casos teve sintomas iniciais nos dias 9 e 10 de dezembro. O POVO conversou com alguns especialistas que explicam o que se sabe até o momento sobre a cepa H3N2.

O que é o vírus H3N2?

O vírus H3N2 é um dos subtipos do vírus Influenza A, responsável pela gripe comum. Ela é chamada de variante Darwin do vírus A H3N2. Atualmente, ela já causa surtos epidêmicos em ao menos seis estados brasileiros: São Paulo, Rio, Bahia, Espírito Santo, Amazonas e Rondônia.

Quais os sintomas da doença?

O diagnóstico de síndrome gripal (SG) ocorre quando a pessoa possui quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos e/ou gustativos. Em crianças, além destes, considera-se, ainda, obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico. Em idosos, devem ser considerados também confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e ausência de apetite.

Quais tipos de Influenza existem?

Existem quatro tipos de vírus influenza que causam gripe. São eles os tipos A, B, C e D. No Brasil e no Ceará, os vírus influenza A e B são os causadores de epidemias sazonais. As informações são do Ministério da Saúde. Conforme a pasta, a Influenza A infecta seres humanos e várias espécies de animais, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. Dentre os subtipos, estão A H1N1 e A H3N2.

O tipo B infecta exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos. O tipo C - infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativas à saúde pública, não estando relacionado com epidemias.

Conforme o Ministério da Saúde, o influenza D foi identificado nos Estados Unidos, em 2011, em suínos e bovinos, “não sendo conhecido por infectar ou causar a doença em humanos”.

Qual a diferença entre a Influenza e a Covid-19?

Quantos casos foram registrados de Influenza no Ceará em 2021?

A Sesa informou que o Ceará já registrou 18 casos positivos da doença, entre 1º de dezembro até o dia 16. Nenhuma morte foi registrada da doença no Estado.

Como se proteger da H3N2?

As medidas de proteção seguem sendo o distanciamento social, uso de máscara descartável, e álcool em gel 70%. Além disso, a Sesa também orienta, por meio de nota técnica informativa, que a lavagem das mãos, punhos, unhas e espaços entre os dedos com água e sabão com frequência; evitar levar a mão ao rosto; manter os ambientes ventilados e evitar aglomerações; se tiver com sintomas de gripe, evite cumprimentar as pessoas com abraços, beijos ou apertos de mão; evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais e sintomas de gripe; utilização de lenço descartável para limpar o nariz ou ao tossir ou espirrar e a vacinação contra a gripe.

A vacina contra a gripe H1N1 protege contra a nova cepa?

Conforme o pesquisador da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, são três influenzas que são compostas dentro da vacina. Entretanto, a nova cepa H3N1, que é denominada de linhagem Darwin, ainda não está na composição da vacina que foi dada neste ano. O pesquisador explica que ela está prevista para entrar na próxima reformulação vacinal, em 2022. O cenário também pode explicar o surto epidemiológico do vírus, já que a cepa pode estar escapando da atual vacina e provocando mais contaminações.

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