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Saiba como identificar sinais de desidratação e aliviar o calor de bebês e crianças pequenas

Bebês e crianças pequenas também sofrem com os efeitos do calor. Saiba quais alimentos ajudam a prevenir a desidratação e quando introduzir sucos na dieta dos pequenos
11:06 | Out. 05, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

 

Bebês e crianças pequenas também sofrem com os efeitos do calor. Os incômodos como mal-estar e desidratação se tornaram mais comuns com o aumento na temperatura máxima no Ceará e a baixa umidade relativa no ar, neste mês de outubro. No entanto, segundo a pediatra Diva de Lourdes, essas condições podem passar despercebidas no caso dos pequenos, porque nem sempre eles conseguem comunicar o que estão sentindo. Por isso, pais e responsáveis devem estar atentos aos sinais que indicam incômodos provocados pelo calor e a desidratação. Saiba como.

De acordo com Diva de Lourdes, que é membro da Sociedade Cearense de Pediatria, muito desses desconfortos podem ser percebidos pela própria intuição da mãe, sobretudo nos primeiros seis meses da criança. Se ela chora, está inquieta, é sinal de que há alguma necessidade, como fome ou sono. A sede, no entanto, pode ser aliviada pela própria amamentação. Segundo a pediatra, quando a criança sente muito calor, o corpo da mulher naturalmente produz leite mais fluido para solucionar a necessidade do bebê.

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“Então, até seis meses de idade, ele não precisa tomar água, se está mamando”, destaca Diva. “Mas se o bebê não mama, precisa tomar água entre as refeições ou entre a fórmula infantil. A partir do momento que introduz outros alimentos, é preciso dar água”, acrescenta a pediatra. O calor pode ser aliviado com o banho e a troca das roupas, por exemplo. No caso dos bebês, que não podem comunicar o desconforto, ele pode ser identificado pelo próprio suor. A desidratação, por outro lado, é que exige atenção redobrada.

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Segundo a pediatra, os sinais de desidratação podem ser percebidos a partir da urina. Se ela é pouca na fralda ou se está mais escura, é necessário aumentar a ingestão de água. “Quando a criança tem diarreia, após cada evacuação líquida, ela precisa tomar água ou soro. Hoje em dia a gente tem um pé atrás em relação ao suco, que só deve ser usado depois de um ano e em quantidade menor”, frisa Diva de Lourdes.

Também para aliviar o calor, a pediatra recomenda o picolé de leite materno. Para isso, basta congelar o leite em uma forminha e entregar para a criança quando estiver em forma sólida. “Isso é bom, inclusive, na época do nascimento de dente, que ela fica querendo morder muito. E se ela morde uma coisa fria com gosto do leite materno, ela vai amar”, afirma Diva de Lourdes, que é membro do departamento de aleitamento materno da Sociedade Cearense de Pediatria

Frutas são alternativa para hidratação

 

Depois dos seis meses de idade, a criança já pode experimentar outros alimentos. Uma recomendação da pediatra é que os pais deem prioridade a duas porções de frutas por dia, de forma isolada, para que ela aprenda o sabor de cada uma. “Se a criança está mamando, ela continua; e você vai introduzindo alimentos como arroz e feijão amassados, e as frutas sem ser misturadas, porque essa é uma fase de aprendizado”, detalha Diva.

“Não há necessidade de oferecer sal demais, porque o sódio já existe em muitos alimentos. E o açúcar deve ser evitado preferencialmente até os três anos de idade, porque é um vilão em muitas patologias”, complementa. Também deve-se evitar o uso de temperos industrializados nos alimentos que forem oferecidos para a criança, como a carne, que também pode ser introduzida após os seis meses de idade. Depois de um ano, a criança já pode tomar suco. A recomendação é de 150ml por dia, sem açúcar.

Entre as frutas que ajudam na hidratação estão o abacaxi, o caju e a melancia. A laranja também é opção, e pode ser entregue descascada e sem as sementes para a criança. “Não há necessidade de você fazer suco de manga, por exemplo. Você corta a manga e dá para a criança comer”, sugere Diva. Conforme a pediatra, o suco deve ser feito a partir de frutas que não dá para comer um pedaço, como o cajá ou a acerola. O maracujá, por outro lado, pode ser oferecido em forma de suco ou coado, para não perder as fibras.

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