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Dia dos Namorados: confira as vantagens e desvantagens de dormir de conchinha

Dormir de conchinha, segundo estudos comportamentais, reduz hormônio responsável pelo estresse e aumenta a produção da mesmo substância liberada durante o ato sexual
20:45 | Jun. 11, 2019
Autor Ítalo Cosme
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Ítalo Cosme Repórter
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Tipo Notícia

‘Dormir de conchinha/ Deus me livre/ mas quem me dera’, cantam os sertanejos Márcia Fellipe e Jerry Smith no videoclipe de Quem Me Dera, que já soma mais de 293 milhões de visualizações no Youtube. Apaixonados ou não, na hora de dormir, há aqueles que preferem não encostar no outro e quem escolhe se enroscar na(o) parceira(o). Esses encontram vantagens e desvantagens na hora de se posicionar. Neste Dia dos Namorados, comemorado nesta quarta-feira, 12 de junho (12/06), O POVO Online traz resultados de estudos comportamentais que apontam que dormir de conchinha produz o mesmo hormônio liberado no sexo e reduz a produção daqueles responsáveis pelo estresse.

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De acordo com pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, ao dormir com alguém, a pessoa se sente mais segura e protegida. Por isso, o nível de cortisol no sangue, hormônio responsável pelo estresse, diminui. Pois não há a necessidade da substância para o indivíduo ficar atento. Ao mesmo tempo, a posição estimula a produção de ocitocina, o mesmo hormônio liberado durante o sexo.

“Esse segundo proporciona uma grande sensação de relaxamento, além de combater inflamações e ajudar no bom funcionamento do sistema digestivo”, complementa Renata Federighi, consultora do sono. Outro benefício apontado por especialistas é que dormir de conchinha, mesmo que apenas no início da noite, contribui de modo positivo para a intimidade do casal.

“A posição relaxa a musculatura, você entra no compasso da respiração do outro, traz tranquilidade”, resume sobre o entrelaçado, a neurologista Fabrícia Carneiro Torres, médica do Hospital OTOclínica. Para ela, não há posição perfeita, mas sim a que o casal melhor se adapta. O importante, segundo ela, é a qualidade do sono. “Você acordar no outro dia disposto, bem humorado e com a vitalidade revigorado. Só o fato de estar dormindo com alguém é efetivamente bom e vai dar uma boa qualidade de sono”, explica.

Por outro lado, Renata alerta para os cuidados ao dividir a cama com o outro. “Noites mal dormidas podem ser um gatilho para doenças cardiovasculares, diabetes, depressão e envelhecimento precoce”, considera. Quando o assunto é postura, é importante se atentar a essa posição pois ela pode causar formigamento e dores no braço e na coluna. “Quem fica atrás tende a colocar o braço por baixo do parceiro. Essa pressão afeta o nervo radial e depois de um período causa dormência e dor. O formigamento é sinal de má circulação sanguínea, por exemplo, e a exposição a longo prazo pode causar lesão no músculo do membro”, explica Renata.


A tentativa de deixar o braço acima da cabeça não é a solução, frisa a especialista. Segundo ela, a posição tenciona o ombro e o pescoço, e pode causar dores. Utilizar travesseiros ou rolos entre as pernas pode ajudar a aliviar a pressão em algumas juntas.

Para quem fica na frente, a posição também pode causar alguns males. Com a cabeça apoiada no braço do companheiro, o pescoço não fica reto como deveria e isso pode implicar em alguns problemas de coluna ou dores. Nesse caso, a recomendação é apoiar a cabeça direto no travesseiro e não no braço do parceiro.

Pensando nisso, O POVO Online listou algumas possibilidades de dormir agarradinho para este Dia dos Namorados. Cada casal tem sua intimidade de encontrar e descansar o corpo no outro; entre elas estão coalinha, braço entre as pernas, conchinha tradicional, de frente e segurando o dedinho. Veja como dispor o corpo nessas variações com a(o) parceira(o):

Melhorar experiência

Para que o casal consiga dormir bem, independentemente da posição, é essencial escolher corretamente os travesseiros e o colchão. O modelo dos travesseiros deve ser definido de acordo com às necessidades de cada um, levando em conta a posição em que dorme, o biótipo e o gosto pessoal. É indispensável que o item preencha o espaço entre a cabeça e o colchão e proporcione alinhamento da coluna cervical com o tronco.

No caso dos colchões, se o casal tiver grande diferença no biótipo de um para o outro, é importante considerar a maior estatura e peso para escolher o colchão de comprimento e densidade adequados. No caso de grande diferença de peso, é indicado comprar um colchão com molas ensacadas individualmente, pois não provocam ruídos, garantem maior estabilidade e a mínima transferência de movimentos de um lado para outro. Assim, se um dos dois se virar na cama, o outro não irá sentir e não terá o seu sono interrompido.

Assista abaixo ao videoclipe citado no início da matéria:

 

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