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Saiba como identificar os lotes de frango contaminado da Perdigão no CE e mais 12 estados

A empresa informou que todos os produtos foram retirados do mercado, contudo, ainda há risco de que clientes tenham comprado as carnes contaminadas
18:40 | Fev. 13, 2019
Autor O Povo
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A empresa brasileira de alimentos BRF, proprietária da marca Perdigão, anunciou nesta quarta-feira, 13, o recolhimento de 164,7 toneladas de frango comercializados no Brasil. Outras 299,6 toneladas que seriam vendidas em outros países também foram devolvidas à produtora. De acordo com a empresa, que também é dona da Sadia, lotes das carnes estariam contaminados pela bactéria Salmonella enteritidis.

Entre os produtos supostamente impróprios ao consumo estão coxas e sobrecoxas desossadas, meio peito sem osso e sem pele (em embalagens de 15kgs), filezinhos de frango (embalagem de 1kg), filé de peito (embalagem de 2kg) e coração (embalagem de 1kg). A contaminação teria atingido os produtos fabricados nos dias 30 de outubro de 2018 e entre 5 e 12 de novembro de 2018, na unidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul.

O POVO Online listou dúvidas e respostas apontadas pela Perdigão sobre a suposta contaminação. Confira:

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O que pode ocorrer com quem ingeriu alimentos contaminados?

A Salmonella enteritidis não sobrevive ao processo de cozimento, portanto, caso a carne tenha sido preparada de acordo com as instruções presentes na embalagem não há riscos. Contudo, se não tiver sido completamente frito, cozido ou assado, o produto contaminado pode causar infecção gastrointestinal, com dores abdominais, diarreia, febre e vômito.

Todos lotes foram afetados?

Não. Segundo a empresa, uma parte dos produtos apresentou resultado positivo para a bactéria e, por precaução, a Perdigão optou por retirar todos do mercado.

Como identificar um produto contaminado?

Produto: Cortes Congelados de Frango – Coxas e Sobrecoxas sem osso (15 kg)

Lote/Data de produção: 6/11/18; 9/11/18 e 10/11/18

Registro: 0177/18

Produto: Cortes Congelados de Frango – Meio peito sem osso e sem pele (15 kg)

Lote/Data de produção: 30/10/18; 7/11/18; 9/11/18 e 10/11/18

Registro: 0209/18

Produto: Cortes Congelados de Frango – filezinho (sassami 1 kg)

Lote/Data de produção: 30/10/18; 5/11/18; 6/11/18; 7/11/18; 9/11/18; 10/11/18 e 12/11/18

Registro: 0223/18

Produto: Miúdos Congelados de Frango – Coração (1 kg)

Lote/Data de produção: 30/10/18; 5/11/18; 6/11/18; 7/11/18; 9/11/18; 10/11/18 e 12/11/18

Registro: 0174

Produto: Cortes Congelados de Frango – Filé de Peito (2 kg)

Lote/Data de produção: 30/10/18 e 9/11/18

Registro: 0230/18

De acordo com a BRF, foram afetados os produtos listados fabricados em Dourados (SIF 18), no Mato Grosso do Sul, nos dias 30 de outubro e 5, 6, 7, 9, 10 e 12 de novembro de 2018.

Os produtos chegaram a ser distribuídos no Ceará?

Sim, além do Ceará, as carnes foram comercializadas nos estados do Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. No mercado externo, 299,6 toneladas que seriam comercializadas foram devolvidas.

O que fazer após localizar produtos listados entre os lotes a serem recolhidos?

O consumidor deve entrar em contato por meio do e-mail recolhimento.sac@brf-br.com ou ligar gratuitamente para o telefone 0800 031 1315. Equipes da BRF irão orientar sobre como será a substituição, devolução ou ressarcimento dos produtos.

Ainda há risco de comprar produto contaminado?

Não. De acordo com a empresa, todos os clientes foram acionados e já houve a realização de inventário dos estoques. A BRF assegura que as quantidades ainda não comercializadas foram bloqueadas e serão recolhidas.

Há risco de que outros lotes estejam contaminados?

Segundo a empresa, não. A Perdigão garante que o desvio de qualidade detectado foi pontual, restrito aos lotes que estão sendo recolhidos. A marca ainda ressalta que possui rigoroso processo de qualidade e monitora todo o processo, do campo à mesa dos consumidores. A companhia informa ainda que realiza diariamente a coleta de amostras e análises laboratoriais para checar a qualidade de todos os seus produtos.

A fábrica de Dourado, onde foram produzidos os produtos recolhidos, passa por alguma mudança após o incidente?

Alimentos fabricados no local estão passando por testes laboratoriais que confirmam a qualidade dos produtos antes de serem comercializados, de acordo com a empresa. O funcionamento normal só será restabelecido quando a investigação detectar o que provocou a contaminação e quais as futuras prevenções a serem adotadas.

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