Fitoterápico contra a leishmaniose
Trabalho já em fase final da patente, um dos estudos resultou em fitoterápico coadjuvante no tratamento contra a leishmaniose visceral. Conforme José Cláudio Carneiro, doutorando do curso de Ciências Veterinárias Imunopatologia da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e autor da pesquisa, o biofármaco "diminuiu os efeitos colaterais do milteforan (única droga aprovada para tratamento no Brasil) e potencializou os efeitos do remédio, tornado mais forte em menos tempo".
"A leishmaniose ainda acarreta muitas mortes de animais porque muitos fazem o tratamento e não se curam. Ainda é feita a eutanásia, porque o milteforan não consegue resolver todos os casos. Ele é caro e produz muitos efeitos colaterais", explica. Os medicamentos que o homem utiliza não são tão eficientes devido à alta toxicidade. Após testes realizados com 20 cães por dois meses, foi possível verificar "que a carga parasitária zerou e os parâmetros bioquímicos do fígado, rins e coração estavam ótimos".
"A gente tem que se virar, bolar estratégia para qualificar a pesquisa, buscando alternativas para realizar. Os financiamentos não são adequados e a cada dia são diminuídos. Estamos na fase final de patente. Existe uma distância entre a universidade e o comércio. Mas o intuito é procurar alguém que disponibilize no mercado", projeta.
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