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Carros elétricos levam pacientes em tratamento contra câncer para casa

Ação ocorreu em referência ao Dia de Mundial da Luta contra o Câncer de Mama, lembrado nesta sexta-feira, 19
22:48 | Out. 19, 2018
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[FOTO1]Iniciativa com carros elétricos do projeto Veículo Automotivo de Mobilidade Urbana (VAMO), da Rede Hapvida, transportou pacientes com câncer após dia de tratamento com quimioterapia na tarde desta sexta-feira, 19, no Hospital Antônio Prudente. Neste ano de 2018, dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) registram 59.700 casos de câncer de mama no Brasil e 2.200 mulheres afetadas no Ceará.
 
É a primeira vez em que veículos do projeto Vamo são utilizados para transportar pacientes, unindo a Campanha Outubro Rosa e o incentivo da energia sustentável. O médico cirurgião-cardíaco e superintendente da Rede Própria do Hapvida, Anderson Nascimento, explica a iniciativa. “Nós unimos dois projetos, o dos carros ecológicos, que visam a sustentabilidade do meio, pois em uma situação futura do planeta, nós vamos ter que viver com energia sustentável. E o acolhimento das nossas pacientes em tratamento, dando um conforto maior, já que é bem desgastante”.
 
Anderson Nascimento ainda reforça sobre o projeto ser acessível e viável a todos. “As pessoas têm um certo receio de participar desse projeto inovador porque não o conhecem. O compartilhamento é algo do futuro, possível e confortável”. No Brasil, os também chamados “carros verdes” ainda não são realidade expressiva. Dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) estima pouco mais de oito mil unidades, entre caminhões, carros e ônibus. Representa 0,02% do total da frota circulante.
 
Maria Evilane do Nascimento, 41 anos, descobriu o primeiro câncer de mama em 2014, faltando quatro dias para o seu aniversário de 38. Ela estava curada há três anos, mas ao fazer exames de rotina descobriu um novo câncer, desta vez nos ossos e no pulmão.
 
No primeiro câncer, Evilane precisava ir de ônibus ao hospital. Ela conta como era difícil usar transporte público nessa situação. “Quem faz esse tratamento são pessoas que ficam fracas e não conseguem subir no ônibus. Às vezes, as pessoas não dão a cadeira preferencial, às vezes você precisa pedir. Eu sempre usava máscara e quando ia sentada mesmo, as pessoas se afastavam. Elas têm um olhar diferenciado.”
 
Agora, em seu segundo câncer, o marido a leva de carro para as consultas. Evilane passou 17 dias na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) e quase três meses internada. Há um mês ela está em casa, indo ao hospital apenas para a quimioterapia. “Você acha que o mundo vai cair, só que é só na nossa imaginação, porque depois vem muitas outras e outras coisas que você achava que não podia fazer. Eu disse para mim mesma: ‘Vamos ver quem é mais forte, se é você ou se sou eu’.” 

Dalila Jorge de Souza, 46 anos, descobriu câncer de mama em consulta de rotina feita com a médica ginecologista em janeiro deste ano, e desde então vem realizando tratamento no Hospital Antônio Prudente. A copeira conta a expectativa de ir para casa após sessão de quimioterapia com carro elétrico. “Eu estou achando ótimo. Se fosse sempre, seria melhor ainda, já que os carros são ecológicos. A ideia é muito boa”. Assim como Evilane, Dalila também considera que as pessoas não são tão empáticas e muitas vezes não oferecem assento no ônibus. 
 
[FOTO2]Programação deste sábado
 
Neste sábado, 20, as ações do Hapvida referentes ao Outubro Rosa continuam pelo Programa de Assessoria de Corrida 1K%2b com mini palestras sobre autoexame, entre 7 e 9 horas da manhã. A programação conta ainda com circuito funcional, aulas de dança e zumba, além de corrida em trilhas e de revezamento.

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