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Campanha Dezembro Laranja promove ação contra o câncer de pele

A Sociedade Brasileira de Dermatologia está promovendo uma ação para alertar a população sobre o câncer de pele
18:52 | Dez. 09, 2016
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[FOTO1]Em época de férias, curtir as praias do litoral cearense é uma popular opção de lazer dos fortalezenses por ser um espaço gratuito e presente em vários pontos da cidade. Entretanto, é preciso ficar atento aos riscos de se expor ao sol em excesso, principalmente, para quem mora em uma cidade como Fortaleza. Entre os perigos causados pela irradiação solar está o câncer de pele. Por esse motivo, que neste mês de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está promovendo uma ação para alertar a população sobre a doença.


Conforme os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Ceará apresenta uma taxa média de de 56 casos de câncer de pele por 100 mil habitantes homens. Esse número sobe um pouco na população feminina no Estado. A estimativa mostra que há 57 casos a cada 100 mil mulheres. A professora de dermatologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Genucia Matos, destaca que o câncer de pele está entre os quatro tipos de câncer que mais atingem o ser humano, o que reforça ainda mais a necessidade da prevenção.


Diferente de outras patologias, o câncer de pele não apresenta sintomas e, sim, sinais. O aparecimento de lesões em áreas expostas pode ser um indício do surgimento da doença. “O sinal mais importante é o aparecimento de lesão que não havia numa área exposta e passa a crescer, sangrar e a ulcerar”, explica Genucia ao O POVO Online. Esses sinais são que motivam os pacientes a procurarem um especialista.
 

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A médica aponta três tipos da doença. A mais comum é o câncer de pele do tipo vaso celular, que corresponde a 90% dos casos. Os outros 10% são compostos pelos pino celular e o melanoma maligno, o mais raro e o mais perigoso. “Sinais escuros que passam a crescer, a mudar de cor e a sangrar são indicativos de câncer de pele do tipo melanoma maligno”, afirma Genucia.

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Diante da gravidade e dos aspectos tropicais do Brasil, todas as pessoas devem ficar atentas aos fatores da prevenção. Genucia ressalta a essencialidade do uso dos protetores solares. De acordo com as suas orientações, o item deve ser aplicado 40 minutos antes de se expor ao sol.

 

 

Em casos de atividades ao ar livre, é preciso reaplicá-lo a cada duas horas. Já nas atividades diárias, o essencial é a cada duas horas. O item deve ser apropriado para a idade. Crianças devem usar protetores infantis e adultos destinados para adultos. A recomendação deve-se a sensibilidade da pele infantil.

 

 

“Hoje, os filtros devem ter substâncias anti-oxidantes porque quando as células morrem devido a irradiação solar liberam radicais livres que atingem células vivas”, explica a médica. Os anti-oxidantes neutralizam a ação dos radicais, retardando o envelhecimento. 

 

 

Além dos protetores, há outros itens que fortalecem a ação de proteção contra as irradiações solares. “Existem filtros que estão embutidos nos fios das roupas. Há chapéus e bonés que também contribuem na prevenção. Temos filtros biológicos que você ingere e ajudam na ação do protetor solar, mas não possuem o papel de substituí-lo”, declara a especialista.


As pessoas mais propensas a desenvolver esse tipo de câncer são as de pele, olhos e cabelo mais claros e aqueles que já possuem um histórico familiar positivo à doença. Entretanto, a professora ressalta que todas as pessoas, independente da cor, estão suscetíveis a ter câncer de pele. Na maioria das vezes, a doença tende a surgir em pessoas acima dos 45 anos de idade devido ao efeito acumulativo do sol.


“A época mais importante para se proteger do sol é do zero aos 25 anos de idade, quando determina na nossa pele tudo que vai nos suceder em termos de fotodanos. Por exemplo: digamos que você pega sol suficiente para ter sardas, após os 25 anos, você vai ter mais sardas. E é nessa idade que o uso do protetor solar é mais importante”, diz Genucia.      

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