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Prática acelera o processo de recuperação de recém-nascidos prematuros

Reconhecido pelo Ministério da Saúde, o método aumenta o vínculo entre mãe e filho e ajuda no processo de recuperação dos bebês prematuros
20:52 | Out. 11, 2016
Autor Ana Rute Ramires
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Ana Rute Ramires Repórter da editoria de Cidades
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Tipo Notícia

Para Tércia Bosford, 34, pensar em voltar para casa e deixar a pequena Nicole internada era um “pesadelo”. Nascida com 33 semanas, Nicole precisou ficar na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal até conseguir peso adequado para receber alta. O medo de Tércia, no entanto, foi aplacado ao saber do Método Canguru, uma oportunidade para a mãe ficar junto ao bebê durante a recuperação.

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Nesse tipo de prática, o bebê fica em contato pele a pele sustentado por uma bolsa de pano com amarrações ao redor do corpo da mãe. Comparado à bolsa em que as fêmeas de cangurus carregam os filhotes, o método propicia estímulo ao aleitamento materno, diminuição de infecções hospitalares, maior controle térmico e menor tempo de separação entre mãe e filho.  


“Esse modelo de atendimento é o método de excelência para a humanização dos recém nascidos dentro da faixa de baixo peso e com estabilidade clínica para participar”, explica Miriam Lopes, médica e diretora do Hospital Antônio Prudente.

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Na manhã de hoje, o Hapvida comemorou três anos de aplicação do Método Canguru no Hospital Antônio Prudente. Após a implantação do projeto, 183 recém-nascidos internados na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal receberam esse tipo de atendimento. Para a adesão ao método, a mãe precisa ficar no espaço Canguru com o bebê 24 horas por dia. Em Fortaleza, o Hospital Antônio Prudente é o único  hospital particular a oferecer o Método Canguru.

Ela explica que as mães que aderem à prática têm ganho psicológico, pois passam a ter maior segurança por estar perto dos bebês e se sentirem parte do processo de recuperação. Os recém-nascidos prematuros que passam pelo método têm desenvolvimento neuropsicomotor mais acelerado e interação psicossocial mais bem desenvolvida.


“Dentro da política de humanização do Ministério da Saúde, a desospitalização é um dos pontos essenciais. Após esse benefício ser oferecido às mães, o tempo de recuperação dos bebês prematuros diminui muito”, considera a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, a criança prematura só pode receber alta hospitalar  ao atingir o peso de 1,7kg.


Na comemoração de três anos da iniciativa, o hospital lançou outros dois projetos. Como o Programa de Apoio e Incentivo ao Aleitamento Materno “Amigas do Peito”, que acompanhará o processo de amamentação desde o nascimento até o sexto mês de vida. O processo contará com esclarecimentos sobre a amamentação e encorajamento para as mães diante das principais dificuldades do aleitamento.


A massagem shantala também será uma prática adotada. A prática indiana é realizada em recém-nascidos prematuros e crianças para ajudar no ganho de peso, diminuição do tempo de internação e estabilidade de temperatura corpórea.

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