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Estudantes de Medicina desenvolvem aplicativo gratuito para autoexame de câncer de pele

O aplicativo analisa as fotografias de manchas, com base em assimetria, borda, cor e diâmetro. A ferramenta tem o objetivo de informar a população sobre a importância do autoexame e não substitui a avaliação de dermatologistas
17:00 | Mai. 30, 2016
Autor Amanda Araújo
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Tipo Notícia

Universitários de Medicina, que estudaram juntos em Fortaleza, desenvolveram um aplicativo para facilitar a detecção de melanomas cutâneos, os tipos mais graves de câncer de pele. O app "Câncer de pele" tem o objetivo de facilitar o autoexame de pintas por meio de fotos e contribuir para informar a população sobre esse tipo de doença. O download da ferramenta é gratuito e já está disponível para smartphones com sistema Android.

O aplicativo foi criado por Raphael David Carvalho, 22 anos, do Centro Universitário de Belo Horizonte, e Herbert Hornig, da Universidade do Oeste Paulista. Ambos cursam o 4º semestre de Medicina e fizeram o terceiro ano do Ensino Médio juntos, em uma escola particular da capital cearense, em 2013. A ideia surgiu depois que Herbert desconfiou de uma mancha em sua pele e precisou fazer uma biópsia.

"Ele viu que não era um melanoma e pensamos em levar um autoexame para os leigos, uma maneira de auxiliar as pessoas que desconfiam desse tipo de doença", explicou Raphael, em entrevista ao O POVO Online. O aplicativo analisa as fotografias das manchas, com base em assimetria, borda, cor e diâmetro.

As fotos devem ser tiradas em um ambiente claro, sem flash, a uma distância fixa de 5 centímetros da câmera. O aplicativo está em fase inicial de testes, não tem fins lucrativos e não substitui avaliações de dermatologistas. "Mesmo se der negativo, a pessoa que suspeitar de alguma mudança na cor da pinta, na borda ou no tamanho, nos últimos três meses, deve procurar um médico. É importante salientar que o app não substitui em nenhuma hipótese a avaliação de um dermatologista", explica Raphael.
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Dificuldades
O aplicativo demorou cerca de oito meses para ser desenvolvido, com um investimento total de US$ 25 (valor cobrado para a disponibilização do app na Google). A maior dificuldade, conforme Raphael, foi técnica. "Fui pesquisar sobre algoritmo e vi que era muito complexo. E também tivemos que conciliar essa programação com as nossas outras atividades", disse ele.

A partir dos testes com usuários, o aplicativo deve ser melhorado. "A gente vai ver como foi a aceitação, detectar o que precisa ser corrigido", completa Raphael. A dupla pretende se especializar em dermatologia ou oncologia.

Serviço
Baixe o app "Câncer de Pele

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