Da ala opositora do União Brasil, Wagner não se importa com Lula na campanha de Evandro

Partido faz parte da base do governo do Lula, embora haja oposicionistas na legenda. Em Fortaleza, Wagner se notabilizou como líder do campo conservador e oposição ao governo estadual

Candidato a prefeito de Fortaleza e presidente do União Brasil Ceará, Capitão Wagner diz não se opor à presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha do concorrente Evandro Leitão (PT). Ao O POVO, ele reafirmou ter o fortalezense como "maior padrinho" político.

"Não nos incomoda de forma nenhuma a vinda do padrinho político", iniciou. "Desde o começo da campanha, a gente sabia da possibilidade de padrinhos virem de Brasília para apoiar seus candidatos. A gente está muito focado na cidade, respeitando os adversários", disse Wagner na concentração de uma uma carreata realizada nesta terça-feira, 3, pelo bairro Pan Americano.

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Em nível nacional, o União Brasil faz parte da base do governo do Lula, embora haja vários oposicionistas na legenda. Em Fortaleza, Wagner se notabilizou como líder do campo conservador e oposição ao governo do Estado, do PT. O ex-deputado federal acrescentou não ter feito "nenhum movimento para evitar que qualquer padrinho político viesse para cá".

Nas eleições de 2020 e 2022, ele foi o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O União Brasil, partido da base com contornos oposicionistas, tem no primeiro escalão do governo Lula o ministro das Comunicações, Juscelino Filho e o do Turismo, Celso Sabino. O ministro da Integração Regional, Waldez Góes, não é filiado à sigla, contudo foi indicado pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil) como cota partidária no início do governo.

Na última segunda-feira, Wagner afirmou ao O POVO que irá buscar o apoio de todos que ficarem pelo caminho, caso avance a um segundo turno. Diferentemente de 2020, quando todos, ou ficaram neutros, ou favoráveis a José Sarto (PDT), neste ano o postulante do União Brasil projeta a possibilidade de obter apoios de diferentes correntes políticas.

"Talvez seja o grande diferencial dessa candidatura, enquanto que as outras eu fui para o segundo turno, mas fiquei isolado, essa a gente tem grande chance de ter apoios no segundo turno. Como eu tenho dito desde o começo, todo e qualquer adversário que queira somar conosco para fazer a mudança real, a mudança com responsabilidade e queira sentar numa mesa para propor melhorias para o plano de governo e para a gestão da cidade, a gente vai conversar, vai dialogar", afirmou Wagner ao O POVO antes de entrar no estúdio da Rádio O POVO CBN para a Sabatina O POVO.

 

Enquanto isso, a carreata da noite de ontem reuniu cerca de três paredões de som, aliados, motos, bandeiras e candidatos a vereadores como Kamila Cardoso, Soldado Noelio e Larissa Duarte, além da vice de Edilene Pessoa (União Brasil).

Wagner foi questionado, inclusive, sobre os repasses do União Brasil para campanhas para vereador. Conforme noticiado pelo colunista Carlos Mazza, do O POVO, o partido investiu R$ 3,3 milhões em Fortaleza. Desse total, o maior repasse foi para Duarte, que recebeu R$ 657 mil. Segundo ele, a postulante tem "potencial de votos muito bacana".

"Ela entrou na cota de distribuição do deputado federal Moses Rodrigues. E o Moses, pela proximidade que tem com a Larissa e também com o prefeito que é tio dela do Interior, resolveu investir na campanha dela. A gente acredita que ela tem potencial para ter uma votação expressiva pela bandeira que ela defende e pode ajudar muito a chapa a eleger, quem sabe, mais um vereador", avaliou Wagner.

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