Major Olímpio vê com incômodo suposta interferência de Onyx na eleição do Senado
Olímpio não descartou abrir mão de sua candidatura caso um dos demais candidatos que fazem parte desta articulação se destaquem na corrida e possam fazer frente a Renan. Ele se reuniu com dois outros candidatos na disputa, Simone Tebet (MDB-MS) e Davi Alcolumbre (DEM-AP). "Como eu disse, nós estamos fazendo articulações. Agora, com uma novidade que é a candidatura da Simone colocada. Fui conversar com ela a respeito disso e para ouvir dela que realmente ela se coloca na disputa", disse Olímpio a jornalistas.
"O que eu fui dizer é que justamente é que sou candidato, mas desde o princípio, estamos conversando com as candidaturas colocadas para termos uma candidatura que pudesse fazer frente à candidatura Renan", disse.
Mais cedo, a líder do MDB no Senado, Simone Tebet, disse que decidiu disputar a presidência da Casa depois de receber sinalizações desta "interferência". Nos bastidores, Onyx vem estimulando o senador Davi Alcolumbre a continuar em campanha e conquistar os votos necessários para vencer a disputa.
"Causa um desconforto porque quem fala pelo governo de Bolsonaro é o presidente. Ele disse a mim 'não vou interferir no processo, em eleições nem na Câmara nem no Senado. Aqueles que o fizeram (antecessores na Presidência) se arrebentaram'. E ele está mais do que certo nisso", disse o senador eleito. Olímpio disse ainda que se tivesse uma candidatura do governo para ser colocada, seria a dele, já que foi um grande apoiador de Bolsonaro.
O MDB se reúne no dia 29 de janeiro para decidir quem será seu candidato. O resultado poderá alterar todo o quadro, caso Renan seja derrotado internamente.
Flávio
Olímpio negou que as denúncias envolvendo seu colega de partido o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) atrapalhem sua disputa pela presidência da Casa. Ele disse que acha que as denúncias também não afetam o governo. "Nada vai atrapalhar governo, nesse momento, qualquer coisa que não seja a articulação das medidas mais do que emergenciais dentro da área econômica, previdência, segurança. Não vejo que possa atrapalhar", disse.
Agência Estado
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