'Pato novo não mergulha fundo', diz Bebianno sobre novatos do PSL no Congresso
Na semana passada, imagens de uma discussão em um grupo de WhatsApp entre o líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP), e a deputada federal eleita Joice Hasselmann (SP) escancararam as divergências na legenda. Na mensagem, Joice criticou a articulação política do PSL na Câmara e discutiu com o deputado e senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).
Eduardo Bolsonaro entrou então na conversa e disse ter recebido ordens do pai para conduzir negociações na Câmara apenas nos bastidores, a fim de não irritar o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que concorre à reeleição e poderia acelerar a aprovação das chamadas "pautas-bombas".
Bebianno afirmou que a maioria dos deputados eleitos é "marinheiro de primeira viagem" e precisa ajustar o relacionamento porque Brasília é um "ambiente inóspito", cheio de fofocas. "Estão todos em fase de adaptação. Como não é possível o divórcio, eu tenho certeza de que haverá uma acomodação e o PSL vai tomar um rumo positivo", argumentou. "O partido tem de estar unido e esses novos deputados precisam ter consciência. A grande maioria foi eleita por conta do Jair Bolsonaro. Se não fosse a onda Bolsonaro, a grande maioria não teria sido eleita. Essa é que é a verdade".
Ao falar sobre as sucessivas estocadas entre correligionários, o futuro ministro também mostrou contrariedade com críticas feitas pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente eleito, a Julian Lemos (PSL-PB), que assumirá a vaga de deputado federal em fevereiro. Em recente postagem nas redes sociais, Carlos disse que "Julian Lemos, a pessoa que tem se colocado como coordenador de Bolsonaro no Nordeste, não é nem nunca foi! Detalhes creio que todos sabem!".
Para Bebianno, o comentário de Carlos -- com quem também já teve desavenças -- foi inconveniente. "Eu acho que não se atira em soldado, não se abate o aliado, não se sabe o dia de amanhã. Nosso trabalho sequer começou e acho extremamente negativo qualquer tipo de conflito interno. Não só negativo como, no nosso caso, desnecessário", argumentou ele. O futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência disse, ainda, que a reunião de Bolsonaro com a bancada do PSL, nesta quarta-feira, em Brasília, servirá para aparar arestas e conter possíveis insatisfações.
Agência Estado
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