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Futuro chanceler diz que buscará "possíveis falcatruas" na gestão de Celso Amorim

11:10 | Nov. 19, 2018
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Anunciado como o ministro das Relações Exteriores no governo de Jair Bolsonaro, o embaixador Ernesto Fraga Araújo escreveu em sua conta no Twitter que fará um "exame minucioso" da política externa do ex-ministro Celso Amorim "em busca de possíveis falcatruas."

 

No último fim de semana, Amorim afirmou que a implementação das ideias de Araújo representaria uma volta à Idade Média.

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"Não entendi se é crítica ou elogio, mas informo que não retornaremos à Idade Média, pois temos muito a fazer por aqui, a começar por um exame minucioso da "política externa ativa e altiva" em busca de possíveis falcatruas", rebateu o futuro chanceler por meio de sua conta no Twitter.

 

Celso Amorim foi o chanceler durante todo o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011), período no qual implementou o que chamava de "política externa ativa e altiva", na qual foram valorizadas as relações com países da região, a África e os emergentes, na política batizada de "Sul-Sul".

 

Pelo que foi informado até o momento, as linhas de política externa de Jair Bolsonaro têm uma orientação diametralmente oposta.

 

No entorno do presidente eleito, há muitas críticas à politização do Mercosul e à criação de outros foros de contraposição aos Estados Unidos - que, no futuro governo, despontam como principal prioridade. Há críticas também às operações de financiamento realizadas pelo BNDES a países amigos à época. Elas são alvos da devassa prometida por Bolsonaro nas contas da instituição.

 

"Pés no chão"

 

Após a polêmica que se seguiu ao anúncio de seu nome para comandar o Ministério das Relações Exteriores, o Araújo, usou sua conta no Twitter para passar uma mensagem tranquilizadora. "Não se preocupem. O Brasil terá os pés no chão", escreveu em letras amarelas, numa imagem de fundo verde. "Na nova política externa, vamos negociar bons acordos comerciais, atrair investimentos e tecnologia."

 

"Terá os pés no chão, mas a cabeça erguida!", acrescentou ele, dizendo que a política externa "não ficará de quatro diante das ditaduras", nem "a cabeça enfiada na terra para não ver o grande embate mundial entre o globalismo e a liberdade."

Agência Estado

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