Haddad diz que seu propósito é promover reformas constitucionais
"Na verdade, a preocupação é de que o Congresso tenha uma agenda de reformas constitucionais importantes e que escolha o caminho mais adequado para fazê-los. Se o Congresso assim entender (por uma Constituinte Exclusiva), o nosso propósito é promover as reformas constitucionais, com a mudança no regime tributário, porque hoje é o pobre que paga imposto; uma reforma do sistema bancário, contra o cartel que se estabeleceu no País e espolia a população cobrando juros extorsivos; a questão dos regimes próprios, muitos Estados e municípios estão quebrados", avaliou.
Segundo ele, isso (a ideia) deveria passar pelo Congresso. "Gostaríamos que o Congresso criasse um rito para apoiar essas medidas, que dê uma segurança jurídica e dê um ambiente de negócios favorável ao crescimento. Só quem não entende de Constituinte diz uma coisa dessas", afirmou.
Haddad também criticou a decisão do ministro Luiz Fux, que proibiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da polícia Federal, em Curitiba (PR), de conceder entrevista à imprensa. A decisão de Fux foi contrária à do ministro Ricardo Lewandowski, que já havia autorizado entrevistas de Lula para a Folha de São Paulo e ao SBT.
"Vejo com preocupação, uma nuvem carregada contra um princípio constitucional consagrado nas democracias modernas. Estamos aqui defendendo a liberdade de imprensa; uma democracia só se sustenta com liberdade de expressão, é um direito político e civil, que está sendo prejudicado", comentou.
Acompanhado do candidato ao governo do Estado do Paraná, Doutor Rosinha, e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Haddad falou rapidamente com a imprensa, na frente da PF, após uma visita a Lula que durou cerca de três horas. Antes, Haddad havia participado do "Bom dia, Lula" junto com integrantes da Vigília Lula Livre.
Segundo Haddad, o ex-presidente também vê com preocupação a censura à entrevistas. "Lula disse que está à disposição de toda a imprensa para falar sobre programas de governo ou outros assuntos", disse.
Logo após a entrevista, Haddad foi ao centro de Curitiba participar de uma caminhada e em seguida iria ao Sindicato dos Metalúrgicos, onde passaria por uma sabatina.
Agência Estado
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