Dois anos depois, Doria 'perde' 1,6 milhão de votos na capital paulista
O extremo da zona leste da cidade impôs a maior derrota a Doria nesta eleição. O tucano viu moradores de 12 zonas eleitorais que o apoiaram em 2016 darem preferência agora ao candidato à reeleição Márcio França (PSB), que disputa o segundo turno com ele. Isso aconteceu, por exemplo, em Itaquera, São Miguel Paulista, Guaianases, Cidade Tiradentes e Itaim Paulista. Ao todo, o atual governador venceu em 14 zonas - as duas restantes ficam nos extremos da zona norte: Perus e Brasilândia.
O extremo sul da cidade também não deu prioridade a Doria nesta eleição. Além de não ganhar em Parelheiros e Grajaú (as duas únicas zonas eleitorais perdidas por ele em 2016 - quem venceu ali foi Marta Suplicy), o tucano também não levou em Piraporinha, Capela do Socorro e Valo Velho. Em todas essas localidades o vencedor foi Paulo Skaf (MDB), terceiro colocado na eleição estadual. O emedebista ainda foi o primeiro colocado em Jaraguá, na zona norte, e Teotônio Vilela e São Mateus, ambos na zona leste.
Por outro lado, o centro expandido todo, que reúne os bairros mais ricos da cidade, permaneceram fiéis a Doria. Ele venceu com a maior vantagem no bairro de seu antecessor na Prefeitura e hoje presidenciável do PT, Fernando Haddad. Na zona eleitoral de Indianópolis, onde fica o Planalto Paulista, Doria obteve 42,94% dos votos válidos. Nos Jardins, onde o tucano mora, 41,53% dos moradores votaram nele.
Os demais candidatos não venceram em nenhuma zona eleitoral. Na briga direta com França, seu adversário no segundo turno, Doria levou leve vantagem na capital. O tucano alcançou 26,34% dos votos válidos, contra 22,16% de França - uma diferença de 231 mil eleitores.
Agência Estado
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente