Arquipélago Fernando de Noronha terá eleição unificada pela 1ª vez
Semelhante a uma câmara de vereadores, mas sem poder para legislar, o Conselho Distrital de Fernando de Noronha é composto por sete conselheiros. Escolhidos a cada quatro anos, eles têm a prerrogativa de fiscalizar a administração da ilha e deliberar sobre temas como saúde, educação, orçamento público e habitação, por exemplo.
Até o pleito de 2014, os ilhéus precisavam utilizar duas urnas distintas para poder participar das eleições gerais e da local. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), a unificação na mesma urna, além de diminuir a quantidade de máquinas a serem utilizadas, também deve beneficiar o eleitorado, que não precisará mais enfrentar duas filas para exercer o direto ao voto.
"Essa mudança até que demorou muito a chegar", afirmou o servidor público Walter Siqueira, 57 anos, que há 20 anos mora no arquipélago e participa da escolha do Conselho Distrital desde o primeiro pleito em 1998.
Para evitar eventuais favorecimentos e impugnações, a Justiça Eleitoral determinou que os números atribuídos aos candidatos a conselheiro distrital fossem distintos dos utilizados pelos partidos nas eleições gerais. Assim como presidente e governador, os candidatos a conselheiro têm uma numeração formada por dois dígitos.
"As regras da campanha para conselheiro são as mesmas para outros cargos. A diferença é que não é obrigatório que o candidato ao conselho seja filiado a algum partido e os 17 têm o tempo de TV e rádio dividido igualmente porque as emissoras locais são públicas", disse o atual presidente do conselho distrital, Ailton Júnior, que é filiado ao PSB do governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara.
Concorrendo ao terceiro mandato consecutivo, Ailton disse que nenhum conselheiro tem direito a verba de gabinete ou qualquer outro benefício. Cada um recebe R$ 259 por sessão. Além de defenderem a mudança na lei estadual para que possam propor leis, os candidatos ao conselho têm como pleito em comum a alteração na Constituição Pernambucana para que o administrador de Fernando de Noronha seja escolhido pelo voto popular. Atualmente, o cargo é ocupado por indicação do governador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado
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