Álvaro Dias diz que vai rever teto dos gastos
Dias fez duras críticas ao governo Temer, que, segundo ele, não fez as reformas estruturais necessárias, o que "inviabiliza o cumprimento dessa política adotada pela PEC 95 (que instituiu o teto)". "O governo fez puxadinhos e pinguelas, não reformas", disse em outro momento. "O presidente da República virou um cadáver insepulto politicamente."
O pré-candidato, entretanto, disse que a PEC do teto não reduz gastos em educação, cujos investimentos ele quer que alcance 10% do PIB. Segundo Dias, o teto é comum em diversos países e demanda uma realocação de recursos para áreas prioritárias.
Sobre o desemprego, Dias defendeu que a saída é estimular a economia por meio da reforma tributária. O pré-candidato disse que pretende tributar mais a renda e menos o consumo. Apesar desse posicionamento, ele desconversou quando questionado sobre a tributação de heranças e investimentos financeiros. "Podemos discutir esse assunto", desde que não se crie "penduricalhos, itens novos."
O pré-candidato afirma que, se eleito, vai "refundar a República". "Vamos apresentar num só ato um conjunto de medidas para a refundação da República, esse sistema fracassado, que distribuiu incompetência e corrupção."
Apesar da defesa das boas práticas na política, Dias foi questionado pelo fato de a presidente do seu partido, Renata Abreu, ter recebido dinheiro de empresas investigadas pela Lava Jato. Em defesa de sua aliada, argumentou que "esse passado ficou para trás" e que todas as doações, à época, foram legais. "Esse era o modelo vigente na época", disse.
Agência Estado
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente