'Peixe', 'Jabuti', 'Kejo' e 'Azeitona' viram réus por R$ 32 milhões em propinas
São acusados quatro ex-gerentes ligados à Petrobras e à Petroquisa - braço petroquímico da estatal petrolífera -, quatro executivos da Odebrecht e uma agente que atuava junto a um representante do Banco Société Générale, da Suíça.
Os ex-gerentes da estatal, Paulo Cezar Amaro Aquino, Djalma Rodrigues de Souza, Glauco Colepicolo Legatti e Maurício de Oliveira Guedes, todos receberam apelidos em planilhas de propinas da Odebrecht. Respectivamente, seus nomes eram "Peixe", "Jabuti", "Kejo" e "Azeitona".
As investigações apontam pagamentos de propina que se estenderam até o ano de 2014 e superam o montante de R$ 32 milhões.
Essas vantagens indevidas, segundo a Procuradoria, "relacionam-se com contratos firmados pela empreiteira, ainda em 2010, para realização de obras do Complexo Petroquímico Suape, em Pernambuco".
"Nesse contexto de promessa e efetivo pagamento de vantagem indevida em contas ligadas aos ex-gerentes da Petrobras, as provas apontam que os contratos foram direcionados à Odebrecht no âmbito interno da estatal."
"Os pagamentos da soma de R$ 32,5 milhões aconteceram mediante a utilização de diversas contas mantidas no exterior, inclusive no Banco Société Générale, e que estavam em nome de empresas offshores com sede em paraísos fiscais", afirma a força-tarefa.
Um dos denunciados teria recebido sozinho R$ 17,7 milhões do Grupo Odebrecht.
Agência Estado
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