Era de se esperar que Alckmin tivesse 30%, 40% em São Paulo, diz Goldman
"É significativo que tenha certo desgaste (de Alckmin no Estado). O normal seria que ele tivesse no mínimo 30%, 40% em São Paulo, e está com menos de 20%", pontuou o tucano, em conversa por telefone com Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Ele ponderou, entretanto, que não há motivo para acreditar que o desempenho se manterá mais adiante na disputa. "Há alguns elementos, mas quem disser que a fotografia que se vê agora pode dizer alguma coisa que vai acontecer adiante está mentindo", emendou.
Goldman minimizou o resultado da pesquisa CNT/MDA divulgada ontem. Disse que o levantamento divulgado não traz "nada de significativo", sob o argumento de que ainda é cedo demais para avaliar o resultado. A pesquisa mostra Alckmin na quinta posição em âmbito nacional, com 4%, atrás de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PSB). Na última Ibope, divulgada pela TV Bandeirantes em 24 de abril, Alckmin tem 15% das intenções no Estado de São Paulo, tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro, que tem 16%.
Goldman disse que o desgaste do PSDB em São Paulo é natural, já que o partido governou o Estado por mais de 20 anos. Mas acrescentou que Alckmin pode recuperar parte da popularidade quando a campanha começar: "Vai ajudar, porque ele vai poder mostrar o que foi feito no Estado. Muita gente ainda não sabe".
O PSDB está dividido na eleição para o governo de São Paulo - com parte do partido apoiando o tucano João Doria e parte com o atual governador Márcio França (PSB). Goldman, entretanto, não acredita que esse seja um fator de desgaste para Alckmin na corrida presidencial.
Agência Estado
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