Michelle diz que Bolsonaro conseguiu se alimentar e que ex-presidente já fez fisioterapia
Ex-primeira-dama fala evolução clínica após cirurgia de hérnia; Bolsonaro passará por nova avaliação médica na segunda-feira para tratar soluços
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, em sua rede social no Instagram, que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) conseguiu se alimentar e já realizou sessão de fisioterapia. A postagem foi ao ar por volta das 12h45 desta sexta-feira, 26.
"Meu amor conseguiu se alimentar e já fez a fisioterapia, graças a Deus", escreveu ela. "Continuo passando longos períodos sem usar o celular, pois não é permitido permanecer com o aparelho no leito. À noite, responderei a todos com carinho", acrescentou.
Bolsonaro foi internado no Hospital DF Star, em Brasília, em 24 de dezembro, para a realização de uma cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral. O procedimento foi concluído sem intercorrências na quinta-feira, 25, com duração de três horas e meia.
Michelle foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a estar presente no hospital como acompanhante.
O magistrado determinou a vedação do uso de computadores, telefones celulares ou quaisquer dispositivos eletrônicos dentro do quarto. Além disso, determinou a fiscalização por dois policiais federais na porta.
O ex-presidente permanece no hospital para cumprir um período de recuperação de cinco a sete dias, sob cuidados pós-operatórios, como analgesia, fisioterapia motora e prevenção de trombose venosa.
Os médicos vão avaliar na próxima segunda-feira se irão submeter o ex-chefe do Poder Executivo a um procedimento para tratar dos soluços.
O laudo da PF
O procedimento realizado no ex-presidente aconteceu após a confirmação da perícia Polícia Federal (PF). O laudo da PF enviada ao STF na semana anterior à cirurgia. O documento oficial apontava que o ex-presidente era portador de uma hérnia inguinal bilateral, exigindo intervenção cirúrgica eletiva em caráter de urgência. A junta médica federal destacou que o reparo deveria ocorrer o mais breve possível para evitar maiores complicações.
O ministro Alexandre de Moraes autorizou o exame pericial após um pedido formal apresentado pela defesa de Bolsonaro. Os peritos corroboraram os diagnósticos anteriores, validando a necessidade da operação para garantir a integridade física do periciado.
Exames complementares feitos dias antes da internação, incluindo uma ultrassonografia detalhada, já haviam diagnosticado a hérnia inguinal. Com base nesses resultados, os médicos determinaram que o período de internação necessário para a recuperação total seria de cinco dias. A escolha pelo hospital DF Star ocorreu devido ao suporte tecnológico e à presença da equipe médica de confiança.
O laudo também trouxe detalhes sobre o quadro persistente de soluços que acomete o ex-presidente durante o período de recuperação hospitalar. A perícia da Polícia Federal identificou que o problema tem origem em um bloqueio no nervo frênico, localizado na região abdominal.
Segundo os dados técnicos da PF, Bolsonaro chegou a apresentar uma frequência crítica de 30 a 40 soluços por minuto, sem pausas significativas. O documento alertava que a ausência de melhora nesse quadro poderia comprometer severamente o sono e a alimentação do paciente. Tais complicações clínicas foram fundamentais para que a Justiça autorizasse o monitoramento constante durante o pós-operatório.
Atualmente, a equipe do hospital DF Star avalia se as causas apontadas no laudo pericial exigirão uma nova intervenção específica para o nervo frênico. Enquanto isso, o ex-presidente segue sob os cuidados de fisioterapia motora e analgesia previstos no protocolo de recuperação. Todas as etapas do tratamento continuam sendo reportadas ao Supremo Tribunal Federal, conforme determinado na autorização judicial.