AO VIVO: Moraes teria procurado Galípolo para negociar acordo com Banco Master
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, teria realizado três ligações e um encontro presencial com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para pedir aprovação do acordo de comprar do Banco Master pela Banco de Brasilía. O contato teria acontecido antes da investigação formal do Master pela Corte
Com apresentação do jornalista Ítalo Coriolano, o programa O POVO News desta terça-feira, 23, repercute as possíveis conversas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para aprovação da negociação Banco de Brasília (BRB) e o entre Banco Master, liquidado por fraudes contra o sistema financeiro em 17 de novembro.
Segundo informações do blog da jornalista Malu Gaspar, no O Globo, Moraes teria conversado com Galípolo pelo menos quatro vezes quando a situação ainda não era analisada pelo Supremo.
Segundo Gaspar, três contatos foram realizados por telefone e um presencialmente. O contato entre os dois aconteceu antes da ação encaminhada ao Supremo pelo ministro Dias Toffoli.
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O pedido de Moraes seria para que o Banco Central aprovasse a negociação de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília, que demonstrava interesse na instituição na época.
Conforme a apuração da reportagem, o presidente do Banco Central afirmou que havia "indícios de fraude" no repasse do valor de R$ 12 bilhões em créditos do Banco Master ao BRB, e que isso impossibilitava a aprovação do acordo.
Segundo a apuração de Malu Gaspar, os detalhes das conversas forma confirmados por seus fontes diferentes durantes as últimas três semanas. Uma delas teria ouvido o relato de Alexandre e as outras cinco são integrantes do Banco Central.
Pedido de CPI
Além do contato de Moraes, a relação da esposa do ministro com o Banco Master também tem gerado repercussão política. A advogada Viviane Barci de Moraes assinou um contrato para receber, mensalmente, o valor de R$ 3,6 milhões durante três anos, de 2024 a 2027.
O acordo entre o Banco Master e o escritório de advocacia de Viviane somava o total de R$ 129 milhões. O contrato permitia que a advogada atuasse em casos judiciais do Master envolvendo a Receita Federal, Congresso e Banco Central.
Em abril de 2024, Viviane atuou em uma caso de queixa-crime do dono do Master, Daniel Vorcaro, contra Vladimir Timmerman, investidor da Esh Capital. Os filhos do casal Moraes também assinaram a queixa.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) disse, em entrevista ao WW, que era necessário a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para esclarecer a relação de Moraes com o Master e "colocar a luz nos fatos" do contrato de Viviane com o banco.
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