Careca do INSS: Defesa indica ao STF posse de lancha e mais imóveis para bloqueio de bens
A defesa do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que possui uma lancha no valor de R$ 2,2 milhões e salas comerciais que ainda não foram alvo do bloqueio de bens determinado pelo ministro André Mendonça.
Esses itens ainda estavam em processo de transferência para seu nome. A intenção da defesa é entregar para o cumprimento do bloqueio todos os bens que o empresário possui e que a Polícia Federal ainda não localizou, com o objetivo de tentar demonstrar que não pretende ocultar seu patrimônio das autoridades.
O Careca do INSS está preso desde setembro por ordem do ministro André Mendonça, sob suspeita de operar um esquema de desvios de aposentadorias do Instituto Nacional de Seguridade Social. O ministro também já determinou bloqueios de bens superiores a R$ 390 milhões nas operações já deflagradas do caso.
A lancha informada por sua defesa fica em Brasília.
"Requer-se a juntada dos documentos que comprovem as diligências para a transferência da lancha Cloud, perante a Marinha do Brasil, para o nome do peticionário, para que essa Suprema Corte, em caso de interesse, determine o bloqueio sobre o bem, também de forma a não restar dúvidas quanto à inexistência de qualquer tentativa de ocultação ou dilapidação de patrimônio", escreveu a advogada Danyelle Galvão na petição.
A defesa também informou a aquisição de cinco salas comerciais em São Paulo, mas que ainda estavam em processo de registro no cartório. Além de oferecer os bens para o bloqueio, a defesa solicitou a liberação de R$ 12.135,84 de suas contas para permitir o pagamento das taxas de cartório para a transferência dos imóveis ao seu nome.
O ministro André Mendonça ainda não despachou o pedido. Anteriormente, a defesa também tinha solicitado a liberação de valores da conta de Antônio Camilo para pagar dívidas trabalhistas decorrentes de processos por causa da demissão dos funcionários de suas empresas, que fecharam após a operação da Polícia Federal.
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