Elmano não vê Camilo disputando cargo no Ceará: "Nome preparado para o projeto nacional do PT"
Governador elogiou atuação do ministro, descarta substituição em eventual crise no Ceará e pede que lideranças como Camilo e Haddad percorram o País
16:36 | Dez. 05, 2025
O governador Elmano de Freitas (PT) falou sobre a possibilidade de o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), disputar a eleição estadual em 2026. Para ele, o ex-governador e atual titular do Ministério da Educação (MEC) deve intensificar a presença nacional, percorrendo o País e se consolidando como um nome forte do PT no cenário nacional.
Em entrevista ao O POVO News na manhã desta sexta-feira, 5, o petista foi questionado sobre a hipótese de Camilo substituir a candidatura de Elmano ao governo, possibilidade ventilada por figuras da oposição ao governo, como o ex-ministro Ciro Gomes (PSDB).
Indagado pelo jornalista Ítalo Coriolano se já havia tratado do assunto com Camilo, Elmano foi categórico: "Nós conversamos a ideia de que nós temos que dar prosseguimento ao projeto", afirmou, referindo-se à própria tentativa de reeleição. "Vamos fazer campanha juntos para apresentar a nossa pré-candidatura ao Governo do Estado", acrescentou.
Camilo e cenário nacional
Elmano afirmou que Camilo tem se destacado como ministro e deve ganhar cada vez mais visibilidade nacionalmente.
"Camilo, para mim, é um nome preparado para o projeto nacional do PT. Eu já disse a ele, acho que o Camilo foi dos ministros do presidente Lula o que, de fato, criou uma política inovadora, que foi o Pé de Meia. A política mais inovadora que o governo Lula criou foi com o ministro Camilo Santana. Eu acho que Camilo vai se consolidando como nome nacional".
Segundo o governador, este é o momento de fortalecer lideranças nacionais do partido, com Camilo e outros quadros viajando pelo País. "Ele (Camilo) tem viajado como ministro. Vejo, da parte do presidente Lula, cada vez mais um carinho e uma admiração pelo ministro Camilo. É claro que não é só pelo ministro Camilo, nós sabemos o quanto o presidente Lula gosta do Haddad".
O governador cearense continuou: "E é bom que seja assim, para um partido é bom ter muitas lideranças. Por mim, o Haddad era para estar viajando pelo Brasil, Camilo viajando pelo Brasil, outros nomes viajando pelo Brasil", disse.
O petista defendeu figuras políticas de alcance nacional. "Nós temos carência disso (líderes) na política, não é só no PT, não. Têm poucos políticos nacionais hoje no Brasil. Quando eu comecei a militância, nós tínhamos o Lula, Brizola, Caiado, Mário Covas, Ulisses Guimarães, nós tínhamos vários nomes rodando no Brasil, discutindo política. Eu sinto falta disso hoje e acho que Camilo cumpre um papel muito importante", avaliou.
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A disputa pelo Senado
Após reiterar que não deseja conflitos internos na base governista, Elmano afirmou que a definição das duas candidaturas ao Senado pela aliança deve ocorrer apenas em meados de 2026.
"Tem aí uma situação para a gente resolver ainda, que é a candidatura do Senado, mas nós vamos resolver isso lá para junho do ano que vem, para a gente poder ter tranquilidade, com todas as informações à mesa e a gente poder fazer uma aliança com capacidade política para fazer a disputa eleitoral no Ceará", concluiu.