PEC da Segurança enfrenta crime organizado sem retirar competências dos Estados, diz Rodrigues

PEC da Segurança enfrenta crime organizado sem retirar competências dos Estados, diz Rodrigues

Em entrevista transmitida na noite deste domingo, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública traz "mecanismos essenciais para a ampliação e a coordenação do enfrentamento ao crime organizado sem retirar competências e atribuições dos Estados".

Rodrigues disse que o objetivo dele e do ministro da Justiça e Segurança, Ricardo Lewandowski, com a proposta é ampliar as capacidades de atuação das forças estaduais, para que esteja constitucionalmente prevista a coordenação e articulação entre os entes da Federação, "porque é sabido por todos que o crime não é mais local, não é mais regional. O crime é transnacional". Ele concedeu, na última quinta-feira, 20, entrevista ao programa Canal Livre, da Band, exibida na noite deste domingo, 23.

Segundo o chefe da Polícia Federal, a PEC traz responsabilidades maiores à União para que ela atue coordenadamente com comunicação com bancos de dados e também com o financiamento dos fundos. "Segurança Pública precisa ser tratada também tendo esse esteio que é a questão orçamentária. Segurança Pública é cara, isso precisa ser dito e nós precisamos definitivamente encontrar a solução para isso e acho que a PEC apresenta um bom caminho", frisou.

Por fim, o diretor-geral da PF sustentou que a proposta do governo, ao elevar a coordenação com Estados, traz "solidez jurídica". Ele exemplificou o caso dos boletins de ocorrência nos Estados, que atualmente não se comunicam.

Apresentada em abril deste ano pelo governo Lula, a PEC está em fase inicial de análise na Câmara dos Deputados, no âmbito de uma comissão especial.

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